Reportagem da revista alemã Der Spiegel, a mais importante
da Europa, traz uma informação bombástica: governo de Barack Obama interceptou
comunicações até da sede das Nações Unidas, em Nova York; escândalo da
bisbilhotagem norte-americana passa pelo Brasil, pois foi aqui que o repórter
Gleen Greenwald escreveu as primeiras reportagens com as revelações de Edward
Snowden; seu companheiro, David Miranda, recentemente foi detido de forma
arbitrária por autoridades inglesas; 50 anos depois do histórico discurso de
Martin Luther King, o sonho Obama se converte em pesadelo
BERLIM, 25 Ago (Reuters) - A Agência de Segurança Nacional
dos EUA grampeou a sede da Organização das Nações Unidas, em Nova York,
informou a revista semanal alemã, Der Spiegel, neste domingo, na mais recente
de uma série de reportagens sobre a espionagem dos EUA, que causou tensão no
relacionamento entre Washington e seus aliados.
Citando arquivos secretos divulgados pelo ex-contratado da
inteligência dos EUA Edward Snowden, aos quais a revista teve acesso, a Der
Spiegel disse que as revelações provam como os EUA sistematicamente espionam
outros países e instituições.
A publicação disse que os documentos mostram que agentes da
inteligência norte-americana grampearam tanto outros países quanto
instituições, incluindo a União Europeia e a Agência Internacional de Energia
Atômica (IAEA), com sede em Viena.
No verão de 2012, especialistas da Agência de Segurança
Nacional dos EUA (NSA) conseguiram entrar no sistema de videoconferência da ONU
quebrando o sistema de codificação, de acordo com um dos documentos citados
pela Der Spiegel.
"O tráfego de dados nos dá acesso a teleconferências de
vídeo internas da ONU (oba!)", a Der Spiegel citou um documento com essa
declaração, acrescentando que em três semanas o número de comunicações
decodificadas subiu de 12 para 458.
Arquivos internos também mostram que a NSA espionava a
missão diplomática da UE em Nova York. Entre os documentos copiados por
Snowden, de computadores da NSA, estão planos da missão da UE, sua
infraestrutura de TI e servidores.
De acordo com os documentos, a NSA roda um programa de
grampo em mais de 80 embaixadas e consulados em todo o mundo, chamado de
"Serviço Especial de Coleta". "A vigilância é intensa, bem
organizada e tem pouco ou nada a ver com afastar os terroristas", escreveu
a Der Spiegel.
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