sábado, 3 de setembro de 2011

Com o advento do celular, orelhões estão virando peça de museu

Sem chance de competir com o celular - hoje, a média é de mais de um aparelho por habitante, no Brasil - os telefones públicos foram, aos poucos, jogados para escanteio a partir do final da década de 90.

Os mais novos podem achar estranho, mas ele já foi artigo de primeira necessidade, disputado por longas filas. Quando um quebrava, a reclamação era certa. O telefone público estava presente em cada esquina, na periferia e na área nobre. Afinal, conseguir um telefone fixo era difícil e caro, e o celular ainda era coisa de ficção científica.

A gente não percebe, mas uma revolução há muito está em curso. Caminhamos para a extinção quase total de um equipamento que foi muito útil por duas décadas (80 e 90), mas que atualmente, com o advento e a diminuição de custos das ligações dos celulares, está virando peça de museu. Quem pensou no ORELHÃO acertou. Um de seus periféricos já está nos museus. É a velha ficha. Quem não lembra dela?

Barulhentas e desconfortáveis, nos  anos 80, a ficha teve muita serventia. Vivíamos os anos áureos do rádio e os jovens se utilizavam do orelhão e suas fichas para pedir músicas nas emissoras de rádio. Nos anos 90 se foram as fichas e chegaram os cartões, de 20, 30, 60 e 90  créditos. Quem nunca os colecionou? É, mas hoje, o pobre orelhão foi atropelado por uma chuva de celulares. Existem no  Brasil, cerca de 200 milhões de aparelhos. Tem mais celular do que gente  no país. Apesar de quase aposentados, devemos cuidar bem  dos que ainda existem. Eles prestaram um  grande serviço ao país. Mataram saudades, embalaram declarações de amor e diminuíram distâncias. VIVA  O ORELHÃO.




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