sábado, 29 de junho de 2013

Solon Pires, completaria hoje 90 anos

Solon Pires Ferreira, se vivo fosse, hoje estaria completando 90 anos de idade. Filho de Albertina Xavier de Moura, das terras de Nazaré e Alça da Pêia e, de Pedro Pires Ferreira, das terras da Fazenda São Joaquim, ambas no município de Afogados da Ingazeira. Nasceu em São Joaquim, numa casa hoje inexistente, nas margens da rodovia estadual que liga Tabira a Afogados da Ingazeira, e que hoje leva o nome do seu irmão caçula, Roberto Vianey Pires Liberal, o popular Beto Pires.
 

Órfão de mãe aos 10 anos de idade, teve das suas irmãs, o melhor carinho, a melhor proteção e os amores necessários ao seu bem estar, em todas as fases da sua vida. Seus sobrinhos(as)sempre demonstraram muita estima pelo mesmo, não concordando, evidentemente, com todas as suas posturas. Pedro Pires, seu pai, José Pires seu irmão mais velho e Pedro Ney, também seu irmão mais velho ,da segunda família, sempre procuraram lhe proporcionar os melhores caminhos, nem sempre sendo atendidos, nas suas preleções amorosas para com ele. Os outros irmãos, bem mais jovens também o ajudaram, sendo Sidnei seu afilhado. Não obstante sua teimosia e irreverência, praticava a gratidão como uma de suas grandes virtudes. A sua cunhada Maria do Carmo, seu esposo, ministro aposentado do STJ Demócrito Ramos Reinaldo e o seu primo afim Fernando Gabriel, sempre receberem dele a estima e a gratidão pela solidariedade prestada por ambos, durante muito anos, aos seus filhos, nas horas mais difíceis. Aluizio Xavier, advogado e ex-Presidente da OAB-PE e Jorge Drumond, Cardiologista conceituado na região do Pajeú, seus sobrinhos por afinidade, gozavam muito da sua estima, havendo também muita reciprocidade de todos citados.
Seus cunhados, casados com suas irmãs, sempre o respeitaram muito, apesar de algumas “divergências”. O desembargador aposentado Geraldo Dantas Campos, sempre marcava presença neste dia do seu aniversário, acompanhado da esposa Darci (irmã de Solon).

Apaixonado por Tabira, próximo ao seu cinquentenário e pelas circunstâncias da vida, foi residir na cidade do Recife, com sua primeira esposa e filhos. Retornava mensalmente a Tabira, com o argumento de que viria “cortar o cabelo”, independentemente de ser oportuno ou não.


Namorador indomável desde a juventude, exercia sua majestade sempre nas camadas sociais menos favorecidas, onde ele, como ninguém, sabia como contemplar as necessidades financeiras e prazerosas das suas eleitas e alguns familiares das mesmas. Não obstante, suas duas esposas tiveram origens em famílias tradicionais. Boa praça, excelente companheiro de farras e amigo extremamente solidário e prestimoso, conquistou a simpatia, admiração e a amizade dos muitos que conheceu e conviveu. Temente à Deus, dificilmente não se vazia presente nas missas dominicais pela manhã na Igreja Matriz de Tabira. Sentava sempre no mesmo local, como se ali fosse seu espaço cativo

Ex-vereador eleito por Tabira, na eleição municipal do ano de 1965, conheceu todos os caminhos da política partidária, desde o auge do poder absoluto e liderança regional inconteste do seu pai Pedro Pires, como também o declínio deste mesmo poder. Tinha muita vaidade em citar que José Pires, seu irmão, foi o primeiro Deputado Estadual eleito por Tabira. Em ambas as circunstâncias, exercia sempre o alto astral. O importante para ele, como dizia o poeta Ascenso Ferreira “Para o jogador, o importante não era ganhar ou perder, era não ficar fora do jogo”.  Em algumas derrotas eleitorais, foi a residência do Prefeito vencedor parabenizá-lo e se confraternizar com os eleitores e familiares do eleito. Desta forma, tinha livre trânsito em todas as facções políticas municipais e regionais

Nos seus dois relacionamentos matrimoniais, teve duas companheiras que lhe absorveram e lhe ajudaram bastante, na travessia da sua fase adulta até os últimos dias de vida. A primeira, Adelaide Valadares Vieira, lhe proporcionou 04 filhos. Com a segunda, Ivonete Arcoverde, por uma questão de idade dela, não obtiveram descendentes. Ficando esta última, como herdeira exclusiva dos seus proventos de funcionário público fazendário.
Neste dia 29 de junho, dia de São Pedro, fica a eterna lembrança da data de  aniversário de Solon Pires.

Ninguém o definiu melhor do que o poeta Dedé Monteiro, com este verso final ao seu final. Alguma injustiça, por ventura acontecida, por citações e possíveis esquecimentos, pedimos antecipadas desculpas aos amigos e familiares.





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