Solon Pires Ferreira, se vivo fosse, hoje estaria
completando 90 anos de idade. Filho de Albertina Xavier de Moura, das terras de
Nazaré e Alça da Pêia e, de Pedro Pires Ferreira, das terras da Fazenda São
Joaquim, ambas no município de Afogados da Ingazeira. Nasceu em São Joaquim,
numa casa hoje inexistente, nas margens da rodovia estadual que liga Tabira a
Afogados da Ingazeira, e que hoje leva o nome do seu irmão caçula, Roberto
Vianey Pires Liberal, o popular Beto Pires.
Órfão de mãe aos 10 anos de idade, teve das suas irmãs, o melhor
carinho, a melhor proteção e os amores necessários ao seu bem estar, em todas
as fases da sua vida. Seus sobrinhos(as)sempre demonstraram muita estima pelo
mesmo, não concordando, evidentemente, com todas as suas posturas. Pedro Pires,
seu pai, José Pires seu irmão mais velho e Pedro Ney, também seu irmão mais
velho ,da segunda família, sempre procuraram lhe proporcionar os melhores
caminhos, nem sempre sendo atendidos, nas suas preleções amorosas para com ele.
Os outros irmãos, bem mais jovens também o ajudaram, sendo Sidnei seu afilhado.
Não obstante sua teimosia e irreverência, praticava a gratidão como uma de suas
grandes virtudes. A sua cunhada Maria do Carmo, seu esposo, ministro aposentado
do STJ Demócrito Ramos Reinaldo e o seu primo afim Fernando Gabriel, sempre
receberem dele a estima e a gratidão pela solidariedade prestada por ambos,
durante muito anos, aos seus filhos, nas horas mais difíceis. Aluizio Xavier,
advogado e ex-Presidente da OAB-PE e Jorge Drumond, Cardiologista conceituado
na região do Pajeú, seus sobrinhos por afinidade, gozavam muito da sua estima, havendo
também muita reciprocidade de todos citados.
Seus cunhados, casados com suas irmãs, sempre o respeitaram
muito, apesar de algumas “divergências”. O desembargador aposentado Geraldo
Dantas Campos, sempre marcava presença neste dia do seu aniversário, acompanhado
da esposa Darci (irmã de Solon).
Apaixonado por Tabira, próximo ao seu cinquentenário e pelas
circunstâncias da vida, foi residir na cidade do Recife, com sua primeira
esposa e filhos. Retornava mensalmente a Tabira, com o argumento de que viria
“cortar o cabelo”, independentemente de ser oportuno ou não.
Namorador indomável desde a juventude, exercia sua majestade
sempre nas camadas sociais menos favorecidas, onde ele, como ninguém, sabia
como contemplar as necessidades financeiras e prazerosas das suas eleitas e
alguns familiares das mesmas. Não obstante, suas duas esposas tiveram origens
em famílias tradicionais. Boa praça, excelente companheiro de farras e amigo
extremamente solidário e prestimoso, conquistou a simpatia, admiração e a
amizade dos muitos que conheceu e conviveu. Temente à Deus, dificilmente não se
vazia presente nas missas dominicais pela manhã na Igreja Matriz de Tabira.
Sentava sempre no mesmo local, como se ali fosse seu espaço cativo
Ex-vereador eleito por Tabira, na eleição municipal do ano
de 1965, conheceu todos os caminhos da política partidária, desde o auge do poder
absoluto e liderança regional inconteste do seu pai Pedro Pires, como também o
declínio deste mesmo poder. Tinha muita vaidade em citar que José Pires, seu
irmão, foi o primeiro Deputado Estadual eleito por Tabira. Em ambas as
circunstâncias, exercia sempre o alto astral. O importante para ele, como dizia
o poeta Ascenso Ferreira “Para o jogador, o importante não era ganhar ou
perder, era não ficar fora do jogo”. Em
algumas derrotas eleitorais, foi a residência do Prefeito vencedor parabenizá-lo
e se confraternizar com os eleitores e familiares do eleito. Desta forma, tinha
livre trânsito em todas as facções políticas municipais e regionais
Nos seus dois relacionamentos matrimoniais, teve duas
companheiras que lhe absorveram e lhe ajudaram bastante, na travessia da sua
fase adulta até os últimos dias de vida. A primeira, Adelaide Valadares Vieira,
lhe proporcionou 04 filhos. Com a segunda, Ivonete Arcoverde, por uma questão
de idade dela, não obtiveram descendentes. Ficando esta última, como herdeira exclusiva
dos seus proventos de funcionário público fazendário.
Neste dia 29 de junho, dia de São Pedro, fica a eterna
lembrança da data de aniversário de
Solon Pires.
Ninguém o definiu melhor do que o poeta Dedé Monteiro, com
este verso final ao seu final. Alguma injustiça, por ventura acontecida, por
citações e possíveis esquecimentos, pedimos antecipadas desculpas aos amigos e
familiares.
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