Manchete do jornal Estadão em 2010
Militantes que apoiam a criação do novo partido da
ex-senadora Marina Silva, a Rede Sustentabilidade, querem que sejam vetadas
doações de bancos e empreiteiras numa eventual campanha dela à Presidência em
2014. O partido em gestação já proíbe, em seu estatuto preliminar, recebimento
de dinheiro de fabricantes de bebidas alcoólicas, cigarros, armas e
agrotóxicos. O assunto foi debatido em fórum realizado anteontem em São Paulo,
com a presença de apoiadores e políticos que devem assumir posições de comando na
Rede.
Bancos e empreiteiras lideram o ranking de doações para
campanhas eleitorais no País. No caso das construtoras, há sempre o
questionamento sobre futuros conflitos de interesse já que essas empresas são,
normalmente, executoras de grandes obras públicas. Em 2010, quando concorreu à
Presidência pelo PV, Marina recebeu doações de empresas que hoje estão na lista
negra da Rede: R$ 400 mil da Ambev e R$ 100 mil da Bunge Fertilizantes. As
construtoras Andrade Gutierrez (R$ 1,1 milhão), Camargo Correa (R$ 1 milhão),
Construcap (R$ 1 milhão) e o Itaú Unibanco (R$ 1 milhão) também deram as suas
contribuições para a campanha.
A ligação de Marina com o setor financeiro, no entanto, vai
além dessa cifra. A ex-senadora é amiga de Neca Setúbal, herdeira do Itaú. É
ela quem cuida de uma área essencial a qualquer partido: a captação de
recursos. A participação de Neca na criação da nova legenda é defendida pelos
marineiros: "Ela não é vista como filha de banqueiro"....afirma o
deputado Walter Feldman (SP), que deixa o PSDB para entrar na Rede.
Ontem, após participar de um encontro com jovens no Rio,
Marina foi questionada pelo Estado sobre a nova sugestão de seus apoiadores.
Ela afirmou que as regras para doações ainda estão sendo aprofundadas e admitiu
que está em debate a possibilidade de a Rede só aceitar doações de pessoas
físicas na campanha presidencial. Em 2010, a maior parte
dos R$ 24,1 milhões arrecadados por Marina vieram de pessoas jurídicas. Só o
vice na época, o empresário Guilherme Leal, da Natura, doou R$ 12
milhões.(Agência Estado)
A ex-ministra
conseguiu apenas R$ 170 mil de doações de pessoas físicas pela internet nos 58
dias em que um site ficou disponível para arrecadação.
Doações de Marina:
R$ 24,1 mi foi o
total arrecadado por Marina Silva em 2010, quando disputou a Presidência pelo
PV
R$ 3,1 mi foi o total doado por três empreiteiras:
Andrade Gutierrez (R$
1,1 mi)
Camargo Corrêa (R$ 1
mi)
Construcap (R$ 1 mi)
R$ 1 mi foi quanto o Itaú Unibanco doou à campanha da
ex-senadora
R$ 400 mil foi a
doação da Ambev, que hoje não seria aceita pela Rede
R$ 100 mil foi a doação da Bunge, que seria
igualmente
0 comentários :
Postar um comentário