Por Altamiro Borges
Na semana passada, a Receita Federal autuou em R$ 18,7
bilhões o banco Itaú por sonegação fiscal. A maracutaia contábil ocorreu no
processo de fusão com o Unibanco, em 2008. O órgão governamental cobrou R$
11,845 bilhões em Imposto de Renda e R$ 6,867 bilhões em Contribuição Social
sobre o Lucro Líquido, acrescidos de multa e juros. De imediato, segundo o
sítio G1, a poderosa instituição financeira “contestou o auto de infração,
afirmando serem apropriadas as operações realizadas, sendo descabido, portanto,
o entendimento da Receita de que houve ganho tributável”.
De maneira arrogante, como é comum entre os banqueiros, o
Itaú ainda considerou “remoto o risco de perda no procedimento fiscal,
entendimento esse corroborado por seus advogados e assessores externos”. Na
mídia rentista, a bilionária sonegação do banco teve pouca ou nenhuma
repercussão. A Rede Globo não escalou seus “analistas de mercado” – nome
fictício dos porta-vozes dos agiotas financeiros – para comentar o assunto.
Talvez porque a própria emissora também está envolvida num ruidoso caso de
sonegação de impostos!
Nos últimos anos, o Itaú-Unibanco tem obtido lucros
astronômicos. Apesar das regalias usufruídas nos governos Lula e Dilma, o banco
se tornou um dos principais antros da oposição neoliberal no Brasil. Seus
relatórios periódicos sobre a economia nacional são sempre terroristas, sendo
usados como peças de campanha dos urubólogos de plantão e dos partidos da
direita. De quebra, uma das herdeiras da instituição ainda ajuda na construção
da Rede de Marina Silva. Em síntese, o Itaú lucra, sonega e ainda conspira.
Será que a Receita Federal vai baixar a crista desta gente?
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