Autor: Fernando Brito
Escrevo no intervalo do jogo do Brasil.
Sem nenhum medo, senão do acaso, de uma derrota brasileira.
Porque hoje, finalmente, fomos absolutamente brasileiros, como a leitura labial do
desabafo de Thiago Silva após o primeiro gol nos mostrou.
Quem perdeu hoje não foi a Colômbia, porque a Colômbia não
sabia o que fazer diante daqueles onze que iam na bola – eterno Nélson
Rodrigues! – como num prato de comida.
Todos foram bem, inclusive o questionado Fred, que arrasta,
como uma cauda, toda a defesa colombiana no lance do primeiro gol, deixando
apenas um atônito zagueiro da Colômbia a olhar a bola, enquanto o capitão
brasileiro surgia na segunda trave.
E foram porque estão mordidos com uma imprensa que, se os
trata como garotos-propaganda, não lhes perdoa e não gosta que sejam seres
humanos.
Volto a escrever agora, no final do jogo, aliviado porque a
ação dos “marqueteiros”, no intervalo, que fez o time brasileiro voltar
amedrontado pelo “vamos garantir a vitória” criando uma situação de “defender o
resultado” que nos levou a um pequeno
sufoco, mesmo com o gol de pura fúria de
David Luís, de falta.
Eu sei que eles tem alguma razão, embora as outras razões
sejam muitas.
Porque é preciso que sejamos valentes, para que eles possam
ser prudentes.
Vamos para a semifinal, outra batalha.
É assim, de uma em uma.
A Copa do Brasil pode ser, sim, do Brasil.
Sem Thiago Silva, suspenso e, talvez, sem Neymar, machucado.
Mas um time, uma equipe, uma coletivo que se entrega a um
sonho.
Porque é o sonho que leva à vitória, jamais o medo.
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