Isso é para tirar a legitimidade da vitória.
Sugestão do amigo navegante Leonardo Templário, no Facebook
do C Af
O Conversa Afiada reproduz artigo do Blog do Dirceu:
Vitória é legítima, natural numa democracia e país não está
dividido
Parabéns ao país e para a nossa militância. Vencemos graças
a ela. Esta 4ª vitória nacional
consecutiva do PT e da aliança que apoiou a presidenta Dilma Rousseff à
reeleição não pode e não deve ser vista como divisão do pais ou um risco de
radicalização de nossa vida política. Trata se de uma tentativa primária de
deslegitimar a vitória do PT, um típico recurso dos derrotados. Com o agravante
que uma vitória do candidato do PSDB-DEM, senador Aécio Neves (PSDB-MG) nas
mesmas circunstâncias teria a mesma leitura já que seria por alguns milhões de
votos de vantagem também.
O país não está dividido. Tem dois grandes partidos, PT e
PSDB, que polarizam a vida política há 20 anos como em todas democracias. Basta
ver os exemplos dos Estados Unidos (partidos Democrata e Republicano), Grã Bretanha (Conservador e Trabalhista),
Alemanha (Partido Social Democrata-SPD e a União da Democrata Cristã (CDU), ou
Espanha (PSOE e PP) e Portugal (PS e PSD).
Lá, em cada um desses países, para ficar nos mencionados,
são projetos e programas que têm apoio de amplos setores e classes sociais no
país com interesses contraditórios e às vezes antagônicos, que podem ou não se
compor em determinadas circunstâncias (caso mais comum na Alemanha) e frente a
desafios políticos sociais e econômicos, mas não são iguais e não defendem nem
os mesmos interesses e nem os mesmos programas. E essa é a percepção que a
própria sociedade e seu povo têm.
No Brasil o PSDB é um partido da elite, identificado por
exemplo com o sistema bancário. Já o PT é um partidos dos pobres, dos
trabalhadores, identificado desde sempre, desde o seu nascimento há mais de 30
anos, com o presidente Lula e sua história.
PSDB quer por fim à reeleição por puro oportunismo
A radicalização da vida política do país nessa eleição se
deve ao fato que uma vitória, como aconteceu, da presidenta Dilma abre a
possibilidade real de o ex-presidente Lula ser eleito presidente em 2018 e
reeleito em 2022. Daí a conversão oportunista do PSDB à proposta de por fim à
reeleição por ele mesmo instituída no país sob graves suspeitas de compra de
votos.
A tentativa de derrotar o PT e a presidenta Dilma a qualquer
preço tem seu exemplo maior na revista Veja e no boato sobre um suposto e falso
assassinato de um dos delatores da operação Lava Jato, Alberto Yousseff, uma
tentativa desesperada e não inédita de interferência indevida e ilegal no
processo eleitoral.
Dai o direito de resposta dado ao PT pelo Tribunal Superior
Eleitoral (TSE), agravada depois com a 2ª tentativa de transformar um ato de
protesto contra a revista (na 6ª à noite) – condenado pelos presidentes Dilma e
Lula – em atentado à liberdade de expressão e de imprensa, na tentativa vã de
atenuar o atentado à democracia e à própria liberdade de imprensa que a revista
praticou e pratica.
O fato concreto é que praticamente toda a mídia apoiou Aécio
e militou pela derrota do PT, dos presidentes Lula e Dilma. Alguns assumiram em
editoriais – caso do Estadão, ontem e quase diariamente – outros não, criando
um desequilíbrio na disputa apenas atenuado com o horário eleitoral e com nossa
atuação nas redes.
Veja é que atentou contra a liberdade de expressão e de
imprensa
Não fosse o legado dos 8 anos do presidente Lula e a continuidade
que a presidenta Dilma deu ao nosso projeto para o país com novas iniciativas
como os programas Mais Médicos, PRONATEC e Minha Casa Minha Vida, o poder da
mídia nos teria derrotado e entregue de bandeja o governo de volta aos tucanos.
Não fosse esse legado e sua continuidade, não fosse a
presidenta Dilma e sua recusa a aceitar as receitas ortodoxas no interesse do
capital financeiro, não fosse a proteção dada por ela ao emprego e ao salário,
às conquistas trabalhistas e sociais dos trabalhadores e da classe média, e não
fosse o engajamento de nossa militância e de milhões de brasileiros que
vestiram e apoiaram a candidatura de Dilma, não teríamos vencido ontem.
Assim não se trata de unir o país ou evitar a polarização. A
tarefa principal agora é viabilizar o diálogo nacional, como enfatizou nossa
presidenta em seu discurso da vitória na noite de ontem, para buscar campos de
consenso e acordo para realizar as mudanças e reformas que o país demanda,
dentro do programa aprovado pela maioria dos brasileiros que a elegeram.
Com esse discurso, oposição tenta deslegitimar vitória
Só assim, e este é realmente o caminho para evitar que
predomine o discurso da oposição, da deslegitimação da vitória da presidenta
Dilma, ou da radicalização contra seu governo e se estará criando pontes e abrindo caminhos para, por
exemplo, fazer as reformas política e a tributaria.
O problema não é, portanto, votar em Aécio ou Dilma, optar
por um outro partido ou programa, o problema é não aceitar a derrota ou a
vitória de um e outro. É problema é querer romper com as regras democráticas,
sabotar o governo e paralisar o Congresso Nacional, buscando descaminhos para
inviabilizar a gestão do país.
A saída é o governo e nós
fazermos uma leitura correta do recado das urnas e buscarmos compor uma
maioria no pais, na sociedade e no Congresso para fazer avançar as reformas e
mudanças reclamadas pelo país.
Em tempo: veja o que eles planejam: o impeachment ou uma
bala no peito !
https://twitter.com/jose_anibal/status/524697787116830721
0 comentários :
Postar um comentário