Na quinta-feira, 18 de junho de 2015, a Professora de História Zeneide da Escola Arnaldo Alves Cavalcanti, comandou com apoio dos professores Adeval Soares e Elisângela Soares, Claudia Miron, com a minha participação e da Professora Marileide, uma aula passeio na comunidade do Sítio Cachoeira Grande de Tabira com mais de uma centena de alunos para mostrar uma experiência importante como sobreviver no campo, produzir, comercializar os produtos sem agrotóxicos preservando o meio ambiente. Uma verdadeira aula de desenvolvimento sustentável. Leia mais e veja as fotos abaixo:
Na chegada, embaixo de um pé de umbu, um dos representantes da comunidade Diôgo, deu as boas vindas a todos explicando como a comunidade se organiza e produz a sua própria sobrevivência. Em seguida fez uma demostração, ao ar livre, pois não havia espaço na cozinha para todo mundo, como se faz uma popa de fruta, seguindo todos os passos de higienização.
A Associação Rural do Sítio é composta por 50 famílias e conta ainda com um grupo organizado de 30 mulheres. Segundo Diôgo, “aqui nós vivemos produzindo e respeitando o meio ambiente, preservando o umbu, que antigamente se arrancava a raiz para fazer doce, e preservando também a caatinga”, a fauna e a flora. “Aqui até as fezes do gado nós aproveitamos para produzir com os nossos biodigestores o gás metano com o qual, uma parte da comunidade já cozinha a comida”, concluiu ele. Em outras palavras já tem família na comunidade que se livrou de comprar o botijão de gás e eles esperam que logo todo mundo possa ser beneficiado com biodigestores.
Ele disse que a comunidade tem muitas parcerias: Conselho de Desenvolvimento Rural, CONDET, Diaconia, IPA, Secretaria de Agricultura, Associação da Mulheres Urbanas e Rurais, AMURT, CREAS, CRAS etc.
Com apoio também do PAA Programa de Aquisição de Alimentos do Governo Federal eles plantam diversas frutas e verduras, criam galinhas, produzem, pastéis, coxinhas, bolos, artesanato, poupa de frutas e vendem para merenda escolar e colocam em diversos mercados de Tabira.
Segundo a presidenta da Associação Dona Helena Amaral, que considera a Arnaldo a sua escola, recentemente as mulheres ganharam dois cursos importantes com o apoio da Amurt e também estão recebendo apoio até da União Europeia.
A comunidade conta ainda com um dessalinizador, eletrificação rural, poços artesianos e uma caixa d'água que abastece todas as casas.
Esta nova comunidade de Tabira é o sinal claro das mudanças que ocorreram no Brasil depois que dois presidentes, um homem de origem humilde chamado Lula e uma mulher guerreira e petista chegaram ao poder há pouco mais de 13 anos. Este exemplo de Cachoeira grande precisa se espalhar por todas as outras comunidades, mesmo assim, quem visita o campo de Tabira hoje, mesmo com a crise econômica nacional e mundial e ainda com as últimas secas seguidas não encontra mais um povo pobre e faminto como na era neoliberal do tucano Fernando Henrique Cardoso - FHC.
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