POR FERNANDO BRITO · 11/08/2016
A Petrobras extraiu 2,70 milhões barris de óleo equivalente
(petróleo + gás) por dia no Brasil, na média do mês de julho.
Destes, 1,32 milhão vieram, a cada dia, do pré-sal. Seis por
cento mais que em junho.
Metade – ou, se quiserem os puristas exatidão, 48,89% – de toda a produção da empresa que, por sua
vez, responde por 94% do petróleo extraído em nosso país e em suas bacias
marítimas.
Será ainda mais nos próximos meses e seria muito mais se a
Petrobras não tivesse atrasado duas plataformas, a P-74 – a da imagem acima
– e a PP-77, que só agora partiram do
Rio para o Rio Grande do Sul onde vão receber as estruturas de convés. As duas
só entram em operação em 2018, provavelmente, quando pelo menos a P-74 deveria
começar a extrair óleo do megacampo de Beija-Flor (antes chamado Franco).
As duas plataformas têm capacidade para operar 300 mil
barris diários de petróleo e deveriam estar produzindo este ano.
Os campos em desenvolvimento são suficientes para que o
Brasil dobre sua produção de petróleo, sem a necessidade de vender uma gota de
suas reservas, como já fez, mês passado, entregando o campo de Carcará.
Licitar áreas do pré-sal, neste momento de petróleo com
preços baixos e sem o controle operacional da Petrobras, como se preparam para
eliminar com o projeto de José Serra , é, sem meias palavras, entregar nossas
reservas a quem sequer vai explorá-las mais rápido do que a Petrobras faria.
Vai, sim, é deixa-las como áreas estratégicas, das quais a
cegueira entreguista abre mão, quem sabe em troca de quê…
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