“Todo cristão é discípulo de um
prisioneiro político: Jesus de Nazaré”; preso duas vezes pela ditadura, o frade
dominicano de 70 anos fala de sua experiência durante a ditadura, que “todo
verdadeiro cristão é um comunista sem o saber” e que “todo verdadeiro comunista
é um cristão sem o crer”; o religioso se afirma socialista em decorrência de
sua fé cristã e conta que na sua segunda prisão na ditadura escapou da tortura
graças à intervenção do general Campos Christo, que era irmão de seu pai
247 - Preso duas vezes pela ditadura, Carlos
Alberto Libânio Christo, 70, conhecido com Frei Betto, diz em entrevista que
“todo verdadeiro cristão é um comunista sem o saber” e que “todo verdadeiro
comunista é um cristão sem o crer”. Em entrevista ao jornal O Tempo, religioso
se afirma socialista em decorrência de sua fé cristã.
“Todo cristão é discípulo de um
prisioneiro político: Jesus de Nazaré, condenado por dois poderes políticos. As
mesmas convicções que tinha nos anos 60 tenho ainda hoje, graças a Deus. A
diferença são os meios. Como já não temos uma ditadura repressiva, não vejo
razão para a violência revolucionária.
O frade dominicano diz que foi torturado
fisicamente na primeira prisão, em junho de 1964. Mas que, na segunda, em
novembro de 1969, livrou-se da tortura física graças à intervenção do general
Campos Christo, que era irmão de seu pai. “Porém, assisti a torturas de outros
presos e sofri torturas psicológicas”, diz.
16 DE OUTUBRO DE 2016 ÀS 16:04 // RECEBA O 247 NO TELEGRAM
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