quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

ATO PÚBLICO CONTRA A REFORMA DA PREVIDÊNCIA LOTA A CÂMARA DE VEREADORES DE TABIRA


Por Dedé Rodrigues

O momento é de luta
De força e de união
Diga não ao retrocesso
Que vai matar a nação.
Que Deus do céu nos proteja
E a palavra de ordem seja
Pura indignação. 

Geneci Cristóvão. 
 O Ato Público ocorrido no dia 08 de fevereiro de 2017, convocado pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Tabira lotou a Câmara de Vereadores. Presentes representantes dos sindicatos rurais da região, associações urbanas e rurais, conselhos, cooperativa de crédito, vereadores, representante da Fetape,  agentes comunitários de Saúde, representante da CUT e membros do governo municipal de Tabira. Descrevo a seguir parte dos discursos dos presentes, mas a minha reflexão sobre o tema será feita no programa de domingo.

A Coordenação dos trabalhos ficou com o Vereador do PT (Partido dos Trabalhadores) Aristóteles que abriu os debates chamando o representante da CUT –PE, Carlos Veras.
Para Carlos Veras “estão mudando a Carta Magna para atingir a maior política de distribuição de renda do país, a Previdência Social”. Ele disse ainda que “esse Congresso é mais conservador do que aquele que existia no período da Ditadura Militar. Em seguida ele apresentou uma série de mudanças que vai prejudicar o trabalhador brasileiro”. Desmente o rombo da Previdência com números. Segundo ele, em 2015 a Previdência teve 15 bilhões de caixa ou sobras, enquanto o governo perdoo 60 bilhões dos grandes devedores”. “Como está quebrada se perdoam dívidas”, questionou ele.   
Conforme ainda ele,  o agricultor será o mais prejudicado, pois ele não tem como contribuir  permanentemente,  pela situação particular dele. Dessa forma ninguém vai poder mais se aposentar, afirmou ele.  
Carlos fez um levantamento da luta encabeçada pela CUT e disse que é necessário envolver todos os poderes públicos, entidades, etc. Ele sugeriu que cada pessoa enviasse um recado para o seu deputado antes da votação pedindo para ele votar contra essa reforma e dizendo que jamais ele terá o voto do cidadão, se votar a favor dela.
O representante da CRESOL do município,  Sassá  disse que essa luta tem total e irrestrito apoio dele, pois essa reforma vai prejudicar a vida de todo mundo: cooperativas, comércio local etc. Ela extermina os direitos e a vida social, concluiu ele.
Tadeu Sampaio, Secretário de Articulação Política do município, que representou o prefeito Sebastião Dias, disse que a luta dos trabalhadores tem total apoio do prefeito. E afirmou: “Essa PEC é uma bomba atômica para o Nordeste”.  Para Tadeu há muita coisa errada para a administração da  Previdência, como por exemplo a pensão vitalícia para herdeiros de ex: combatentes que lutaram na 2ª Guerra Mundial. “São 25 mil reais para quem nunca lutou em guerra nenhuma”.  Tadeu finalizou dizendo que “o deputado que votar a favor dessa PEC deve ser excomungado”.
A representante também da CUT Kátia Patriota, iniciou a  sua fala criticando a ausência dos vereadores na audiência Pública, pois só tinha dois presentes. Segundo ela “quem não justificou a ausência é porque não tem compromisso com o povo de Tabira”.  Kátia lembrou do saudoso Dom Francisco que se estivesse vivo estaria com certeza da linha de frente desse movimento.
A Vereadora Claudiceia, presente ao evento, disse que “os trabalhadores podem contar com o apoio irrestrito dela”. Ela disse que era do povo.    
O representante do Conselho de Desenvolvimento Rural CMDR, Joel Mariano disse que tudo que está acontecendo com o Brasil atualmente foi dito no programa de Temer, “A ponte para o futuro”. Isso é para atender ao interesse dos rentistas. O povo precisa reagir. Joel lembrou a importância do voto e disse ainda que já entrou em contato com o seu deputado cobrando o voto contra a essa reforma. Ele também disse que não queria entrar nessa disputa partidária de PT X PMDB, pois estava ali “defendendo a sua rapadura”.    
O poeta Geneci Cristóvão defendeu a tese de que “é preciso a gente fazer uma reeducação social”. Para ele a Igreja Católica precisa apoiar mais esses eventos. Segundo Geneci, “a palavra que marcou esse evento foi indignação” Para Geneci “só não está indignado quem não sabe sobre essa PEC”.
O militante antigo do PT Romildo Mascena disse que “sentia a ausência de mais professores no evento”.  Ele disse ainda que com essas reformas de Temer nós “vamos voltar aos enterros dos anjinhos do tempo passado”, no qual muita gente morria de fome.
Para o Jovem Júnior do movimento sindical de Tabira "é preciso enfrentar o debate nas comunidades com todo mundo e,  cada um que estava presente chamasse mais um ou dois  companheiros para os próximos movimentos”.   
O vice presidente do Sindicato Rural de São José do Egito, Élcio explicou que o papel central da grande mídia é desinformar as pessoas. Com essas reformas estão tirando dos trabalhadores para dar aos banqueiros. O povo precisa estudar o que é o neoliberalismo, deu um rápida explicação sobre essa ideologia e finalizou.  
Já pra o Coordenador de Esportes do município, Zezinho “a gente deve parar de criticar a mídia e aprender a usá-la a nosso favor”. Ele sugere que usemos melhor a internet e as redes sociais.
O Professor e poeta Adeval Soares incorporou a indignação defendida por Carlos Veras e lembrada em versos por Geneci Cristóvão, questionando: Cadê as emissoras locais? Cadê as Igrejas? Estão todas omissas e covardes nesse momento. Lembrou grandes figuras da Igreja Católica como Dom Helder e Dom Francisco que fazem muita falta nesse momento.    
A Professora Josiane do Sítio Pajeú Mirim deu um exemplo de simulação de uma eleição com as crianças da sua escola, onde aproveitou para ensinar cidadania aos jovens para que não negociem o voto. Segundo ela “é preciso educar desde a base, é trabalho de formiguinha, as vezes desestimulante, mas necessário”.
O Vereador Aristóteles C. S. Monteiro fez a sua explanação reforçando as falações anteriores e disse que está criando um projeto na Câmara de Tabira do Vereador Mirim para estimular as crianças a exercerem a cidadani desde cedo.
No final foi criada a Comissão Municipal Permanente Contra a Reforma da Previdência  que terá o papel de visitar escolas, comunidades e instituições sociais, distribuindo adesivos e panfletos.
DIA 15 DE MARÇO: DIA NACIONAL DE PARALISAÇÃO CONTRA A REFORMA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL. PARAR TUDO! CONCLAMOU NO FINAL CARLOS VERAS.

Obs. A minha intervenção você vai ouvir na conclusão da reflexão que farei no Programa Tabira em Tempo do próximo domingo. Das 10 às 11 horas na Rádio Comunitária Tabira FM. 87.9. Segue as fotos do evento tiradas pelo nosso blog.


















   

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