Ministério da Habitação
Mulheres e crianças deixaram o prédio às pressas para se proteger dos ataques
Um ataque da oposição, realizado na tarde desta segunda-feira (12), em Caracas, atingiu 975 trabalhadores e 45 crianças que estavam no Ministério da Habitação da Venezuela. Cerca de 150 jovens encapuzados, integrantes de grupos de enfrentamento ligados à oposição, usando bombas de coquetel molotov e outros artefatos incendiários, colocaram fogo em dois andares do prédio.
Antes do episódio, já havia ocorrido um ataque ao prédio da Direção Executiva de Magistratura (DEM), a uma agência do Banco Provincial. Um dos bancos privados do país, localizado no mesmo edifício, foi saqueado e destruído.
Os jovens destruíram a grade de entrada e passaram a atirar objetos dentro do prédio. Os trabalhadores do Ministério da Habitação e seus filhos foram obrigados a correr para os andares de cima. Eles pediram ajuda por meio de mensagens de áudio por WhatsApp. O prédio foi evacuado por bombeiros e por membros da Proteção Civil, enquanto a Polícia Nacional Bolivariana (PNB) dispersava o grupo responsável pelo ataque com gás lacrimogêneo e jatos de água.
O ministro da Habitação, Manuel Quecedo, denunciou, por telefone, à emissora Venezolana TV, que o ataque afetou ˜973 trabalhadores que estavam no prédio e 45 crianças que estavam em horário escolar. De acordo com o ministro, eles derrubaram a grade da entrada principal e destruíram as instalações de atenção à comunidade. "Ali descontaram seu ódio, gerando dor às famílias que levam felicidade ao nosso povo", disse, fazendo referência à Grande Missão Moradia Venezuela, que desde 2011 entregou 1 milhão e seiscentas casas a este mesmo número de famílias.
Entre os atingidos, detalhou o ministro, estavam três mulheres grávidas e uma criança com deficiência motora, que ficou presa por causa da fumaça. "Estavam espalhados com todas as suas operações de células terroristas. Atacaram a sede da Magistratura do TSJ e depois a sede da Grande Missão Moradia Venezuela", indicou.
Quevedo apontou ainda que os ataques à sede do órgão público são contínuos, foram 14 no total. Até o momento, a Promotoria Geral não se apresentou para avaliar os fatos e responsabilizar os autores do crime.
“Nós fizemos uma denúncia. A Promotoria do Ministério Público não se apresentou em nenhum dos 14 ataques que denunciamos", explicou o ministro, que acrescentou: "Nós fizemos um chamado para que os responsáveis se apresentem. Tudo isso foi realizado com a proteção que oferece a impunidade da Promotoria do Ministério Público, que se converteu na guardiã dos terroristas da cidade".
Veja cenas do ataque:
Fonte: Brasil de Fato
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