Por Cadu Amaral, em seu blog:
José Serra vai deixar o PSDB. Pelo menos é que apontam as
notícias nebulosas dos bastidores do tucanato. Fernando Henrique Cardoso e
Aécio Neves, através de colunas do Estadão, estariam mandando recados ao
“vampirão da vizinhança”. Em linhas gerais: “se estiver achando ruim, a porta
da rua é a serventia da casa”.
Serra andou dizendo que queria a presidência do PSDB para
apoiar Aécio. Alberto Goldman, tucano da ala serrista, afirmou que um bom
espaço no PSDB para Serra seria “vital” para as campanhas de Aécio e Geraldo
Alckmin em São Paulo. Como onde tem Serra tem baixaria, se Serra for
defenestrado, teremos dossiês e denúncias das peripécias tucanas nos estados da
república do café com leite.
Será que o Serra soltaria mais documento da Lista de Furnas?
E sobre os incêndios de favelas em São Paulo? Todas as áreas incendiadas são de
interesse do mercado imobiliário. Outra dúvida que mesmo antes de ela fincar no
imaginário de quem acompanha o cenário político era se Serra ficaria sozinho na
beira da estrada.
Assim como o Drácula – na novela de Bram Stoker – tem um
servo que anda à luz do dia chamado Renfield, o “vampirão da vizinhança” também
parece ter o seu. Roberto Freire já ofereceu o seu Partido Popular Socialista
(PPS) – ou seria Partido Paralelo do Serra? Freire que é o símbolo da
decadência política. De comunista a xeleléus do Serra. Até de Pernambuco ele
teve de sair, senão ficaria sem mandato.
De todo jeito o que se pode dar certeza é que Serra está
magoado e acuado. Fera acuada fica agressiva. O Serra agressivo é – sem se
cansar de repetir – sinônimo de baixaria. Também sabemos que a Folha de S.
Paulo topa o jogo serrista. Ela não quer que a oposição seja representada por
alguém que não teve o “privilégio divino” de nascer em solo paulista e pela qualidade
do jornalismo feito no carro chefe do Grupo Folha.
Se FHC e Aécio estiverem se cansado mesmo de José Serra e se
movimentam para que ele ou saia do partido ou volte para a tumba, podemos
esperar “tiros” para todos os lados. Triste é o cenário da oposição no Brasil,
envolta no enredo de um filme de terror. Cuidado com as mordidas.
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