OU VAMOS À LUTA OU O PAJEÚ PASSARÁ MUITA SEDE NOS PRÓXIMOS
MESES
A Barragem de Brotas, que abastece as duas maiores cidades
do Pajeú, Afogados da Ingazeira e Tabira, já entrou em colapso. Outras cidades
como Santa Terezinhasofrem com abastecimento reduzido ao serviço de
carros-pipa.
As cidades abastecidas pela Barragem do Rosário estão em
melhor situação (Ingazeira, Tuparetama, Iguaracy e São José do Egito) mas se
não chover nos próximos meses Rosário entrará em colapso também. O arremate das
más notícias é que a seca que castiga a região desde 2011 deverá se prolongar até
o final deste ano. Institutos de meteorologia não acreditam em chuvas antes dos
primeiros meses de 2014.
Com o aumento de temperatura comum nos cinco últimos meses
do ano, a evaporação e o clima seco castigarão ainda mais o Pajeú. A única
alternativa viável para este quadro de aflição seria a conclusão da etapa da
Adutora do Pajeú , trazendo água do Rio São Francisco até Afogados da
Ingazeira, de onde seriam distribuídas para as demais cidades em colapso ou
pre-colapso. Governos Federal e Estadual sabem disso. Governo Federal garantiu
que as obras seriam concluídas antes do final do primeiro semestre deste ano.
Não foram. Pior, as obras estão paralisadas. Sim, acreditem vocês que não vivem
no Pajeú e leem estas linhas: a seca piora, a falta de água potável aumenta e
as obras que resolveriam esta situação ESTÃO PARADAS. E NINGUÉM SE MEXE!
Cadê a água da Adutora? Tá tudo parado no meio do caminho!
Segundo nos informa o vereador Joel Gomes (Tuparetama) com
informações obtidas na Coordenação do DNOCS em Pernambuco, a ETAPA da
Construção da Adutora do Pajeú, está paralisada porque apenas uma única empresa
concorreu na Licitação e apresentou preços muito elevados, bem além do previsto
no Edital.
Mas vamos recorrer à já usual comparação dessa obra da
Adutora com as obras dos estádios (ou Arenas) para a Copa de Futebol: Para que
fossem concluídas a toque de caixa, em ritmo de urgência, para a Copa das
Confederações, valores das obras foram diversas vezes “corrigidos” atendendo
pressão das empreiteiras. Obrigatoriedade de licitações foram dispensadas, sob
o mesmo argumento. Puderam-se fazer tais concessões em obras como estádios de
futebol, por que não se pode fazer com obras muito mais necessárias, urgentes e
importantes, como a Adutora?
E A BARRAGEM DA INGAZEIRA?
Sai do papel ou não sai?
Sob garantia verbal da presidenta Dilma, em visita ao
sertão, de que estaria concluída até meados de 2014, a Barragem da Cachoeirinha
(ou Barragem da Ingazeira) que atenderá os municípios de Tabira, São José do
Egito, Tuparetama e Ingazeira, padece da mesma lentidão burocrática e
irresponsável.
Maioria dos proprietários de terras que serão ocupadas pela
barragem não foi indenizada. O processo, cronograma e valores da indenização
são verdadeiras incógnitas até para funcionários do Governo que eventualmente
reúnem-se com interessados e constantemente se embaralham nas respostas dadas e
nas informações desencontradas.
Indiferente ao processo de indenização das terras, as obras
da Barragem foram retomadas pela empresa GEMEC meses atrás. E JÁ ESTÃO PARADAS!
Não parece piada? Mas é verdade. Segundo DNOCS, em informações repassadas ao
prefeito Luciano Torres (Ingazeira) e ao vereador Joel Gomes (Tuparetama) “a
empresa Gemec entregou o pedido de desmobilização da obra alegando difícil acesso
e outras dificuldades, mas no fundo não tinha condições para iniciar a obra”. O
DNOCS informou que fez o distrato com a Gemec e chamou a segunda colocada, a
empresa GTEC do Ceará.
Diz-se que as obras serão retomadas pela nova empresa na 2ª
semana de agosto. Joel Gomes, incansável batalhador pela Barragem, não
desanima: “O Consórcio que ganhou a licitação para a construção da parede da
Barragem, isto é, do barramento das águas do Rio Pajeú, dará início, enfim, às
obras maiores. É um sonho e um desejo concretizando-se para todos nós
sertanejos do Pajeú”.
TARCIO VIU ASSIM 2 e
Marcello Patriota
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