Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula:
Universidade de Buenos Aires concede títulos de doutor
honoris causa ao ex-presidente brasileiro, ao economista indiano Amartya Sen,
ao ex-primeiro ministro espanhol Felipe Gonzales, e ao economista Bernardo
Kliksberg, da Argentina; Lula aproveita para dar recado à mídia tradicional:
"Alguns canais de televisão, alguns comentaristas tentam desacreditar a
política, mas fora da política não há saída. Vira qualquer coisa, menos
democracia", afirmou; "Em alguns países da América Latina, a imprensa
muitas vezes age como se fosse um partido político, só não tem coragem de dizer
que é"; UBA já formou três ganhadores do prêmio Nobel; vai sair na tela da
Globo?
16 de Outubro de 2013 às 11:52
247 – Com novas críticas à imprensa, o ex-presidente Lula
fez um apelo em Buenos Aires, na noite desta terça-feira 15, para que os jovens
entrem na política. Fora dela, disse ele, "não há saída". O petista
participou do Primeiro Fórum de Responsabilidade Social da Argentina, quando
foi homenageado com o 9º título de Doutor Honoris Causa. Lula foi palestrante
do evento junto com o ex-presidente espanhol Felipe González e os economistas
Amartya Sen, da Índia, e Bernardo Kliksberg, da Argentina.
De acordo com o ex-presidente, "alguns canais de
televisão, alguns comentaristas tentam desacreditar a política, mas fora da
política não há saída. Vira qualquer coisa, menos democracia". E pediu aos
jovens: "Entrem na política porque o político que você deseja quem sabe
está dentro de vocês". De acordo com relatos do jornal Valor Econômico,
Lula também fez um apelo para que manifestantes no Brasil não façam a negação
da política.
Lula voltou a dizer que, durante seu governo, os jornais
receberam muito dinheiro, mas mesmo assim não deixaram de criticá-lo
diariamente. "[Durante meu governo], meus amigos donos de jornais ganharam
muito dinheiro e nunca me deram um momento de trégua", afirmou. Em 2005,
lembrou ele, durante a crise do chamado 'mensalão', ele relatou que
"apanhava de manhã, de tarde e de noite, e enquanto eu estava dormindo
também".
O ex-presidente contou que, mesmo tendo deixado de se
informar pela imprensa, não desaprendeu nada. "Ainda tive o prazer de
deixar a presidência com 87% de bom e ótimo", disse. "Em alguns
países da América Latina", disse ele, "a imprensa muitas vezes age
como se fosse um partido político, só não tem coragem de dizer que é".
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