Por Altamiro Borges
Na semana passada, o “irreverente” programa CQC, da Band,
deixou o humor de lado e teve ares de velório. Segundo registro de Paulo
Pacheco, do sítio Notícias da TV, “durante a despedida de Monica Iozzi, na
noite de segunda-feira (23), o apresentador Marcelo Tas cutucou ex-integrantes
que saíram fazendo críticas ao programa da Band. ‘Eu espero que você não saia
falando mal do CQC para aparecer na mídia, como algumas pessoas fazem e que
ficam eternamente um ex-CQC. Você não tem o direito de ser uma ex-CQC’,
alfinetou Tas”.
O sítio lembra que o programa, conhecido por suas técnicas
invasivas e sua cruzada fascistóide contra os políticos, já perdeu vários
integrantes. Quando deixou o CQC, em 2012, Rafael Cortez, saiu atirando: “A
gente teve que se submeter a essa coisa de cobrir celebridades, de falar com
pessoas públicas, de ir a festas, porque o nosso público exige isso", criticou.
Outro que não poupou críticas foi o tresloucado Rafinha Bastos, que saiu do CQC
em 2011. “Virou um programa de bundão”, afirmou o ex-integrante no programa
Roda Viva, da TV Cultura.
Na ocasião, Marcelo Tas reagiu irritadinho no Twitter: “Por
que ao invés de assistir e julgar o CQC, esse rapaz não cuida do programa dele
que vive às traças e traços?", afirmou, referindo-se ao “Saturday Night
Live”, programa de Rafinha Bastos que fracassou na Rede TV. Agora, com a saída
de Monica Iozzi, o chefão do CQC volta a manifestar seu incômodo e falta de
humor. Mas não é apenas o CQC que está em crise. Outro programa invasivo, o
Pânico, também da Band, parece não viver bem das pernas.
Na semana retrasada, a principal estrela do Pânico da Band,
a apresentadora Sabrina Sato, confirmou a sua contratação pela concorrente
Record. Não houve sequer despedida na sua saída. Keila Jimenez, em sua coluna
na Folha, apontou a provável causa da surpreendente mudança. “Ex-BBB, Sabrina
integra o ‘Pânico’ desde 2003, quando o programa era exibido pela RedeTV!. A
atração, que desde abril de 2012 está na Band, sofre uma crise de audiência:
enquanto na estreia a média atingida era de dez pontos, no mês passado foi de
5,7 pontos”.
Em outra coluna, Keila Jimenez esmiuçou o problema: “Com um
dos maiores orçamentos de produção na Band e grandes salários, o ‘Pânico’ vem
enfrentando sua pior crise de audiência na emissora... Atualmente, o programa
briga pelo quarto lugar em ibope aos domingos, registrando audiência média de
5,7 pontos. Cada ponto equivale a 62 mil domicílios na Grande São Paulo. No
último domingo (10), o programa deu um susto na Band, ao registrar cinco
pontos. Essa é a audiência da atração quando ela está em período de férias, com
a exibição de reprises”.
“Acontece que o ‘Pânico’ não só está indo ao ar ao vivo como
também tem investido cada vez mais em sua produção. São muitas as coberturas de
festas e eventos internacionais. Na edição passada, Sabrina Sato chegou a fazer
uma viagem de dois dias a Portugal só para entrevistar o ‘verdadeiro rei do
camarote’. A emissora não revela valores, mas produtores dizem que o programa
tem verba de cerca de R$ 400 mil mensais. Isso sem contar os salários dos
integrantes e a divisão de lucros fruto do faturamento da atração, um dos melhores
da Band”.
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