segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

POVO DO CHILE DERROTA NAS URNAS UM MODELO DE CAPITALISMO NEOLIBERAL NA AMÉRICA.


Por Dedé Rodrigues.

Lula apoiou Michelle Bachelet.

O povo do Chile infringiu uma derrota avassaladora nas urnas a candidata da Aliança de direita Evelyn Matthei  nas eleições do domingo, 15\12,  elegendo Michelle Bachelet para realizar profundas transformações no país, caso seja cumprido o seu programa de governo. O Chile adotou com os conservadores no poder o neoliberalismo como modelo político propagado como exitoso na América do Sul e agora o povo sábio chileno o derrotou nas urnas.


Segundo Enrique Torres “Entre suas propostas, ela acentuou a vontade de empreender uma profunda reforma educacional e avançar para uma nova Constituição”.

Ele disse ainda que:  "Pouco depois da divulgação da sua vitória, Bachelet reiterou as prioridades do que será seu governo a partir de 11 de março, quando receberá de volta a faixa presidencial que há quatro anos ela mesma entregou ao presidente Sebastián Piñera”.

Esta frase dela confirma uma visão bem diferente da lógica  neoliberal "Graças aos jovens, manifestaram-se com força as ânsias de construir um sistema educacional público (...) Hoje ninguém duvida de que o lucro não pode ser o motor da educação", expressou a presidenta eleita.

Ele cita ainda que “A Nova Maioria é integrada pelos partidos Socialista, Comunista, Pela Democracia, Radical Social-democrata, Democracia Cristã, Movimento Amplo Social e Esquerda Cidadã, assim como por algumas forças independentes”.


Ela ganhou com 62,16 por cento dos votos  e o  segundo turno do domingo só deu a Matthei 37,83 por cento dos sufrágios, em uma jornada que foi marcada pela abstenção.

Dos pouco mais de 13 milhões e 500 mil cidadãos que compõem o eleitorado, foram votar cinco milhões e 700 mil, ou seja, 47 por cento.

Bachelet insistiu em que a educação não é uma mercadoria, porque os sonhos não são um bem de mercado. "É um direito de todos e de todas", exclamou.
Igualmente, ela deu ênfase na batalha que fará para que o país avance para uma nova Constituição, nascida na democracia, em lugar da Carta Magna vigente, estabelecida durante a ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990).
Segundo Bachelet, a nova Constituição deve assegurar mais direitos e garantir que no futuro a maioria nunca mais seja calada pela minoria.

Enrique Torres ainda disse na conclusão da sua matéria que:

“Com estes resultados, junto ao retorno de Bachelet ao Palácio La Moneda, de 38 cadeiras no Senado, 21 serão ocupadas por políticos de partidos pertencentes à aliança Nova Maioria e a direita terá 16, e uma cadeira corresponde a um senador independente. Na Câmara dos Deputados, o bloco de Bachelet controlará 64 cadeiras, enquanto a bancada dos partidos que passarão a ser de oposição, ocupará 52, e quatro serão independentes e de outros agrupamentos que poderão inclinar-se para a aliança de apoio à presidenta.

A correlação de forças não permitirá à Nova Maioria empreender ações de maneira automática que impliquem reformas constitucionais, mas através da maioria simples poderá impulsionar várias das propostas da centro-esquerda, como a reforma tributária estipulada no programa de Bachelet.

Na Câmara baixa serão vistas figuras emblemáticas de ex-dirigentes estudantis como Giorgio Jackson, Gabriel Boric, e as comunistas Karol Cariola e Camila Vallejo, que liderou as grandes mobilizações de 2011 em defesa de uma educação pública, gratuita e de qualidade.

Cariola e Vallejo são partes da ampliação da bancada do Partido Comunista na eleição de 17 de novembro, quando conseguiu elevar de três para seis o números de deputados”.

Com esta vitória o povo daqui da América só precisa fazer a mesma coisa em países como Honduras, Paraguai e Colômbia que ainda estão nas mãos da direita neoliberal.    

Prensa Latina; tradução da redaçáo do Vermelho


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