Por Dedé Rodrigues.

Lula apoiou Michelle Bachelet.
O povo do Chile infringiu uma derrota avassaladora nas urnas
a candidata da Aliança de direita Evelyn Matthei nas eleições do domingo, 15\12, elegendo Michelle Bachelet para realizar profundas
transformações no país, caso seja cumprido o seu programa de governo. O Chile adotou
com os conservadores no poder o neoliberalismo como modelo político propagado
como exitoso na América do Sul e agora o povo sábio chileno o derrotou nas
urnas.
Segundo Enrique Torres “Entre suas propostas, ela acentuou a vontade de empreender uma profunda reforma educacional e avançar para uma nova Constituição”.
Segundo Enrique Torres “Entre suas propostas, ela acentuou a vontade de empreender uma profunda reforma educacional e avançar para uma nova Constituição”.
Ele disse ainda que: "Pouco depois da divulgação da sua vitória,
Bachelet reiterou as prioridades do que será seu governo a partir de 11 de
março, quando receberá de volta a faixa presidencial que há quatro anos ela
mesma entregou ao presidente Sebastián Piñera”.
Esta frase dela confirma uma visão bem diferente da lógica neoliberal "Graças aos jovens,
manifestaram-se com força as ânsias de construir um sistema educacional público
(...) Hoje ninguém duvida de que o lucro não pode ser o motor da
educação", expressou a presidenta eleita.
Ele cita ainda que “A Nova Maioria é integrada pelos partidos
Socialista, Comunista, Pela Democracia, Radical Social-democrata, Democracia
Cristã, Movimento Amplo Social e Esquerda Cidadã, assim como por algumas forças
independentes”.
Ela ganhou com 62,16
por cento dos votos e o segundo turno do domingo só deu a Matthei
37,83 por cento dos sufrágios, em uma jornada que foi marcada pela abstenção.
Dos pouco mais de 13 milhões e 500 mil cidadãos que compõem
o eleitorado, foram votar cinco milhões e 700 mil, ou seja, 47 por cento.
Bachelet insistiu em que a educação não é uma mercadoria,
porque os sonhos não são um bem de mercado. "É um direito de todos e de
todas", exclamou.
Igualmente, ela deu ênfase na batalha que fará para que o
país avance para uma nova Constituição, nascida na democracia, em lugar da
Carta Magna vigente, estabelecida durante a ditadura de Augusto Pinochet
(1973-1990).
Segundo Bachelet, a nova Constituição deve assegurar mais
direitos e garantir que no futuro a maioria nunca mais seja calada pela
minoria.
Enrique Torres ainda disse na conclusão da sua matéria que:
“Com estes resultados, junto ao retorno de Bachelet ao
Palácio La Moneda, de 38 cadeiras no Senado, 21 serão ocupadas por políticos de
partidos pertencentes à aliança Nova Maioria e a direita terá 16, e uma cadeira
corresponde a um senador independente. Na Câmara dos Deputados, o bloco de
Bachelet controlará 64 cadeiras, enquanto a bancada dos partidos que passarão a
ser de oposição, ocupará 52, e quatro serão independentes e de outros
agrupamentos que poderão inclinar-se para a aliança de apoio à presidenta.
A correlação de forças não permitirá à Nova Maioria
empreender ações de maneira automática que impliquem reformas constitucionais,
mas através da maioria simples poderá impulsionar várias das propostas da
centro-esquerda, como a reforma tributária estipulada no programa de Bachelet.
Na Câmara baixa serão vistas figuras emblemáticas de
ex-dirigentes estudantis como Giorgio Jackson, Gabriel Boric, e as comunistas
Karol Cariola e Camila Vallejo, que liderou as grandes mobilizações de 2011 em
defesa de uma educação pública, gratuita e de qualidade.
Cariola e Vallejo são partes da ampliação da bancada do
Partido Comunista na eleição de 17 de novembro, quando conseguiu elevar de três
para seis o números de deputados”.
Com esta vitória o povo daqui da América só precisa fazer a mesma coisa em países como Honduras, Paraguai e Colômbia que ainda estão nas mãos da direita neoliberal.
Prensa Latina; tradução da redaçáo do Vermelho
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