Dona da terceira maior rede de varejo do Brasil, a Magazine
Luiza, Luiza Trajano rebate, em entrevista ao programa Manhattan Connection, da
Globo News, os pessimistas que "só veem o copo do lado vazio, nunca do
lado cheio"; a Caio Blinder, que fala em "varejo em crise", ela
diz: "o crédito, o aumento da renda, o emprego e a entrada dessa classe
média gerou para o setor a década do varejo"; Diogo Mainardi falou em
inadimplência, inflação, aumento de juros e perguntou: "quando você irá vender
suas lojas para a Amazon?"; apresentador recebeu como resposta:
"inadimplência nunca esteve tão boa e ninguém será vendido"
20 de Janeiro de 2014 às 17:00
247 – Contra os pessimistas que "só veem o copo do lado
vazio", a empresária Luiza Trajano, dona da terceira maior rede de varejo
do Brasil, a Magazine Luiza, destacou em entrevista índices bastante positivos
para o setor. A empresária declarou que esta foi a "década do
varejo", que 2013 registrou o menor índice de inadimplência já visto, um
crescimento anual de 5,9% e destaque para a geração de empregos. Além disso,
rechaçou qualquer chance de crise, como previram seus entrevistadores.
As declarações foram feitas ao programa Manhattan
Connection, da Globo News. Ao jornalista Caio Blinder, que garantiu que o setor
vive uma crise atualmente, ela respondeu: "Com todo respeito, mas o varejo
brasileiro não está em crise. O crédito, o aumento da renda e o emprego, e a
entrada dessa nova classe média, gerou para o varejo a década do varejo. Então,
eu tenho que discordar de você, viu Caio".
Na opinião da empresária, é um "hábito do
brasileiro" ver "o copo do lado vazio, e nunca o lado do copo
cheio". A imprensa, segundo ela, faz o mesmo. Utilizando-se da mesma
expressão da entrevistada, Diogo Mainardi disse ser o próprio copo vazio.
"Eu sou a personificação do copo vazio". Em seguida, rebateu os
números de Luiza afirmando que "todos os fatores que determinaram o
crescimento do varejo estão murchando, ou murcharam".
"Os juros estão subindo, o crédito diminui, a
inadimplência aumentou pelo segundo ano consecutivo, a inflação aumenta, a
indústria nacional foi sucateada, isso vai levar uma piora do emprego também. A
pergunta é a seguinte: quando é que você vai vender suas lojas para a Amazon?
Há como resistir à onda do varejo eletrônico?", questionou. Ele previu
ainda: "Eu não vejo caminho para o varejista brasileiro numa situação em
que vai haver crise. Se ela não existe ainda, haverá".
Levemente irritada, a dona da rede de 400 lojas garantiu que
os dados de Mainardi estavam incorretos. "A inadimplência está totalmente
sob controle, pelo contrário. Nunca tivemos um índice tão bom como nós
terminamos agora em 2013", afirmou. Questionada se o fator ocorria em suas
lojas, disse: "Não é na minha loja não, é no Brasil. É no varejo brasileiro,
eu não estou falando da minha loja, estou falando geral, e te dou índice, e te
mostro. A inadimplência diminuiu, eu provo, é estatístico isso, ela não
aumentou".
Sobre o comércio eletrônico, a empresária que comanda cerca
de 14 mil funcionários destacou que a Magazine Luiza é "muito forte no
virtual" e que a empresa acredita que 56% das pessoas que compram pelo
site visitam uma loja física. "Daqui a dez, quinze anos o movimento vai
sendo transformado", diz. Mas garante que "nenhum brasileiro pretende
vender seu varejo para a Amazon, com todo respeito que a gente tem pela
Amazon". Ela destacou ainda que "o varejo é o maior gerador de
empregos depois do governo" no País.
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