Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:
Francamente, estou cansado de falar da Globo. Mas não tem
jeito. Escrever sobre política no Brasil e não falar na Globo é como escrever
sobre política na Venezuela e não falar em Chávez. Ontem eu estava almoçando
num restaurante a quilo perto da minha casa, e ao mesmo tempo lia os jornais.
Sei que não é um hábito saudável, mas o tempo é curto e o restaurante tem uma
excelente mesa. Longe do computador, consigo me concentrar melhor na leitura.
Daí me deparo com a seguinte matéria, sobre presidente
russo, Putin. Trata-se de uma matéria ridícula, uma fofoca sem pé nem cabeça.
Segundo adversários de Putin, ele teria uma fortuna de US$ 40 bilhões. Essa é a
prova! A palavra dos adversários…
Ora, a embaixada russa deveria exigir uma retratação! O
Globo faz uma injúria vil desse porte, contra um estadista, e depois eu é que
sou condenado pela Justiça! Esse tipo de denúncia tem de ser embasada em
provas. Senão eu vou pensar que se trata de uma dessas matérias pagas pelos
Estados Unidos para difamar governos e estadistas que não comam na mão do
império.
É sabido que a Rússia está dando abrigo a Snowden.
Eventualmente, a Rússia pode vir com alguma nova denúncia grave contra o
governo americano. Estaria a CIA preparando terreno e espalhando, através de
seus tentáculos na mídia mundial, matérias para desqualificar a fonte?
Seja como for, a matéria desqualifica o Globo, ao se prestar
a um papel tão baixo. Quem conhece um pouquinho a história da imprensa
brasileira, sabe que a Globo se consolidou durante a ditadura, com ajuda financeira
dos EUA, através da Time Life. Há muitas historias de montanhas de dinheiro
distribuída pela CIA aos grupos locais de mídia, para detonarem o governo e
ajudarem a armar o golpe de Estado.
Essa matéria sobre Putin mostra que nada mudou. Quem pode
saber até que ponto essa “parceria” ainda não continua de pé?
1 comentários :
Basta fazer a pergunta: Quais eram os mais potentes canais de televisão do planeta nos anos 70 e 80 e verá que a rede Globo está entre eles.
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