Por Dedé Rodrigues.
O Coordenador do SINDUPROM em entrevista ao Programa Cidade
Alerta, dia 11 de fevereiro de 2013, fez duras críticas à postura do Prefeito Sebastião
Dias em relação à primeira greve da educação no seu governo, defendeu o direito
de greve da categoria, e instou o governo a negociação para que se cumpra e se
vote a lei no município de 1\3 de aula atividade. Apesar de todo o constrangimento
sofrido pela categoria, o fato importante é que podemos tirar alguns
ensinamentos da primeira greve da categoria no Governo Sebastião Dias.
Este conflito entre a
categoria e o gestor municipal se arrasta há bastante tempo. Conforme Josenildo, Coordenador do SIMDUPROM foi
feito um estudo desde o ano passado com todos envolvidos, inclusive com o Sr.
Prefeito e, ele deu plena autonomia a secretária
para ela resolver em nome dele. Conforme Josenildo “a secretária se comprometeu
inclusive a fazer greve também se a lei não fosse cumprida”.
Josenildo ainda disse que a lei é uma conquista da categoria
por intermédio da luta que teve à frente a CNTE e seus sindicatos parceiros. Ele
disse também que diversos municípios em Pernambuco, a exemplo de Santa Cruz do
Capibaribe, já aprovaram esta lei.
Questionado sobre os gastos da Prefeitura que não podem ultrapassar
o que reza a Lei de Responsabilidade Fiscal e, por isto não haveria
possibilidade da Prefeitura aumentar os gastos, ele disse que o Governo precisa
explicar “o que é está fazendo 04 ônibus do Governo Federal parado na garagem?”
Por que tantos contratos precários na Prefeitura?
Quanto a falta ou redução dos recursos federais que estavam
impedindo também um aumento real para a categoria ele disse que “cada macaco no
seu galho, a administração tem responsabilidade de lutar por mais recursos, se junte com outros prefeitos e faça uma
solicitação ao Governo Federal”.
Josenildo também concorda que a maioria das prefeituras, a exemplo
de Tabira, não dão autonomia a secretaria de Educação. Para ele “há diversos
casos de ônibus das prefeituras usados em Romaria de Padre Cícero e até para
excussões em praias das capitais”. Em
outras palavras, é o dinheiro público
usado para outros fins.
O Coordenador do SINDUPROM também criticou o Prefeito
Sebastião Dias pela postura incoerente com a sua história dizendo “quando ele
era Vereador estava na linha de frente defendendo a categoria, agora desrespeita
um direito de greve, telefonaram para os contratos precários intimando ou os ameaçando
como se fazia durante o período da Ditadura Militar no Brasil”.
Perguntado se o Governo Municipal cumprisse uma promessa
feita publicamente de “cortar na própria carne” para se adequar a LRF, Josenildo
disse que não acredita que algum acordo seja cumprido com a quantidade de grupos
políticos que fazem parte da administração. Mas, ao mesmo tempo, ele disse que
é importante negociar e como sindicalista é uma coisa que tem sempre feito. “Vamos
negociar até o último momento, eu espero que ele (o prefeito) retorne as suas origens
e reflita sobre as suas ações”, finalizou.
Conclusão. A greve é um dos últimos recursos que uma
categoria usa para lutar pelos seus direitos, porém ela é responsável também pelas
principais conquistas históricas e trabalhistas nos últimos séculos. A meu
ver, a greve em Tabira não é e, nem deve se tornar, uma questão político partidária.
Pelo que eu conheço a categoria de
professores de Tabira já tem a maturidade suficiente para compreender isto
também. Porém, em qualquer governo, os trabalhadores só serão respeitados se
estiverem organizados, unidos e lutarem pelos seus direitos.
1 comentários :
O atraso voltou a Tabira desde o dia 01 de janeiro de 2013, como no tempo dos coroneis, do feitor e do capitão do mato. Esse governo que aí está, Sebastião Dias e Companhia, impõe suas vontades por meio de ameaças e castigo e aí de quem desobedecer! Corre o risco de trabalhar com fome, no sol quente de meio-dia, sem direito a café, como aconteceu recentemente com os garis e margaridas da prefeitura. Sinceramente, eu não sei até quando o povo vai suportar esse desgoverno.
Joana Santos
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