"Nunca votei em Zé Dirceu, sequer o conheço
pessoalmente, pois só o vi pela televisão e por fotografias, antes de ser,
injustamente, preso por ordem do presidente do STF, Joaquim Barbosa, após um
processo kafkiano, com viés político, que se comprova a cada dia que
passa", diz o blogueiro Irani Lima, sobre sua decisão de apoiar a vaquinha
de José Dirceu, concluída ontem, mesmo sem ser militante petista; "Estou
cada dia mais convencido que acertei ao contribuir com a “vaquinha” do Zé
Dirceu. Foi a maneira que encontrei de “gritar” contra a injustiça perpetrada
pela Suprema Corte Brasileira, que julgou sem dar chance aos réus de se
defenderem adequadamente, como é de direito", diz ele, que também criticou
o ministro Gilmar Mendes, por ter acusado os doadores de lavagem de dinheiro;
íntegra
23 de Fevereiro de 2014 às 13:41
Por Irani Lima
Dirceu está atrás das grades, na Papuda, em Brasília, desde
15 de novembro do ano passado, quando sua condenação, injusta, repito, deveria
ser cumprida em regime semiaberto, em
São Paulo, onde fica seu domicílio.
Quando o ministro Gilmar (Dantas) Mendes, do STF, afirmou
que as doações a Zé Genoino e a Delúbio Soares poderiam ser “lavagem de
dinheiro”, ou seja, o dinheiro supostamente desviado pelos petistas estava
retornando aos cofres públicos por meio de doações, ofendi-me com tamanha
arrogância.
A truculência do presidente da mais alta Corte de Justiça
brasileira me incomoda sobremaneira, como incomodou o jurista Celso Bandeira de
Mello, seguramente um dos mais importantes deste país, que criticou a forma
açodada do julgamento da AP 470, o mensalão petista.
Não se provou, de fato, que houve desvio de recursos
públicos. Provas de outros inquéritos, aos quais os réus não tiveram acesso,
foram escondidas até recentemente, quando o ministro Ricardo Lewandowski, após
sete longos anos, abriu o inquérito 2474 para a defesa de um dos réus do
“mensalão”, que agora terão como provar que existiu, sim, caixa dois, mas não
desvio de dinheiro público.
A campanha para arrecadar os R$ 971.128,92 da multa,
injusta, volto a repetir, imposta a Zé Dirceu, foi lançada dia 12 de fevereiro.
Nove dias depois (20/02/14), os2.783 “lavadores” de dinheiro, entre os quais me
incluo, doaram exatos R$ 826.529,40 para a “vaquinha”, ou seja, 85,1% da multa.
Minha modesta contribuição (R$ 100,00) equivale a apenas
0,01% do montante. Até o final da tarde desta sexta-feira (21/02/14), e bem
provável que as doações ultrapassem a casa do R$ 1 milhão.
É a resposta de petistas e não petistas, como eu, a um
julgamento surreal, que já rendeu um livro (A Outra História do Mensalão, de
Paulo \Moreira Leite) e foi fulminado por juristas do porte de Celso Bandeira
de Mello e do insuspeito Yves Gandra Martins, numerário da Opus Dei no Brasil.
Estou cada dia mais convencido que acertei ao contribuir com
a “vaquinha” do Zé Dirceu. Foi a maneira que encontrei de “gritar” contra a
injustiça perpetrada pela Suprema Corte Brasileira, que julgou sem dar chance
aos réus de se defenderem adequadamente, como é de direito.
As ações de Roberto Freire, presidente nacional do PPS, de
criar um factoide para sequestrar o dinheiro arrecadado pela “vaquinha” do Zé
Dirceu só demonstram a capacidade que tem o ser humano de se agachar na frente
dos poderosos para garantir suas benesses. Ex-comunista é pior que direitista.
O trânsfuga mineiro, deputado Eduardo Azeredo (PSDB), tratou
de abandonar sua trincheira na Câmara dos Deputados, renunciando ao cargo, para
escapar do julgamento do mensalão tucano pelo STF. A fuga de Azeredo
desmoraliza de vez ojulgamento kafkiano da ação penal 470, que condenou Zé
Dirceu e demais petistas.
Abaixo, extrato da minha modesta contribuição.
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