sábado, 11 de maio de 2024

Os juros brasileiros continuam estratosféricos. Por quê?

 


O economista Paulo Nogueira Batista Jr questiona a explicação técnica para a persistência de juros tão elevados e suas consequências para a economia brasileira

por Paulo Nogueira Batista Jr.

Publicado 10/05/2024 21:08 | Editado 10/05/2024 21:09

Ilustração: Cícero


O economista Paulo Nogueira Batista Jr. expressou sua decepção com a recente redução de 0,25 ponto percentual na taxa de juros básica da economia, Selic, pelo Banco Central. Essa decisão contrariou as expectativas de alguns membros da diretoria do BC, que defendiam uma redução mais significativa, incluindo quatro dos nove integrantes favoráveis a um corte mais acentuado. Nogueira Batista questionou os motivos que levam o Banco Central a manter as taxas de juros reais entre as mais altas do mundo, argumentando que essa política tem consequências negativas para a economia brasileira.

Assista ao comentário do economista em seu canal no Youtube:

Em seu comentário, o economista destacou duas questões principais.

Em seu comentário, o economista destacou duas questões principais. Primeiramente, questionou a ambiciosidade das metas de inflação estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional, do qual o Banco Central faz parte. Ele sugeriu que metas menos ambiciosas poderiam permitir uma redução mais realista nas taxas de juros. Em segundo lugar, levantou dúvidas sobre os modelos econômicos utilizados pelo BC para embasar suas decisões, argumentando que esses modelos não são transparentes e não estão disponíveis para análise crítica externa.



Diante desses argumentos, o economista concluiu que é fundamental que o Banco Central e o governo atuem para reduzir as taxas de juros reais no Brasil e torná-las mais condizentes com a realidade econômica do país.

0 comentários :

Postar um comentário