Os integrantes da Comissão de Greve dos trabalhadores da educação em Tabira composta pelos professores do SINDUMPROM Célia Cristina, Dinalva Pereira, Luzinete Marques e Cila e, ainda, Eliane Marques, Delegada do SINTEPE Regional e Dedé Rodrigues da Comissão de Greve do Estado, participaram de um debate pela manhã na Câmara de Vereadores com os professores da Rede Municipal discutindo a pauta da greve nacional.
Pela tarde concederam entrevista ao Programa Tarde Total apresentado
por Vagner Leandro na Rádio Tabira FM que fez uma bateria
de perguntas sobre as reivindicações da categoria a nível nacional, estadual e municipal. Apesar das bandeiras desta greve ter
caráter nacional as questões locais acabaram sendo destacadas devido ao “estado
de greve” vivido pela categoria desde a última parada de três dias quando se estabeleceu
um impasse do Sindicato e a categoria com o gestor municipal. Abaixo um resumo destas
discussões.
Os professores divulgaram as principais reivindicações: o
cumprimento da lei do piso, carreira e jornada, investimento dos royalties de
petróleo na valorização da categoria, votação imediata do Plano Nacional de
Educação, destinação de 10% do PIB para a educação pública, contra a proposta
dos governadores de reajuste do piso e contra o INPC. Para eles todas estas
conquistas são fundamentais para a educação no Brasil, mas o que importa agora
é que as intenções saiam logo do papel e, vire lei e que sejam aplicadas o mais
rápido possível. E mais, os municípios como o caso de Tabira, precisam fazer o dever de casa: cortar gastos e demitir cargos supérfluos para se adequarem a LRF e melhorar as condições gerais da educação.
Foi dito também que a questão de fundo sobre o Plano Nacional
de Educação é: que tipo de cidadão, de escola, de educação, de sociedade e de
nação o plano vai nortear e formar? De
cidadão solidário ou de cidadão individualista? De educação pública e de
qualidade ou de educação privada? De sociedade e nação solidária e coletivista ou
de uma sociedade individualista e capitalista? Esta é a disputa que emperra no Senado e no Congresso
Nacional inúmeras votações do plano. O povo precisa ficar ligado principalmente
nos votos do seu deputado e do seu senador.
A QUESTÃO MUNICIPAL
A questão municipal acabou tomando uma boa parte das discussões,
pois há muitas reclamações dos professores municipais sobre direitos negados,
perseguições e falta de sensibilidade do gestor com a questão educacional. A denúncia
da vez foi feita pela professora Luzente Marques que disse que tentaram “calar
a sua boca” dizendo que era “proibido falar em sindicato na sala de aula”.
Todos os colegas protestaram contra esta tentativa de introduzir uma medida ditatorial
na rede municipal de Tabira. “Só Deus calará a minha boca”, concluiu Luzinete.
PRÓXIMOS EVENTOS:
Dia 18, terça-feira - às 7 horas da manhã, saída dos
professores da Rede Estadual para São José do Egito em frente à Igreja Matriz.
Dia 19 – Quarta-feira - Reunião dos Professores da Rede Municipal, às 8
horas da manhã, na Câmara de Vereadores. Os professores do Estado também são convidados.
1 comentários :
Parabéns pela comissão e pela busca dos direitos da categoria, que quão importante para a sociedade motive, influencia, modifique os inertes, que o artigo 5° de nossa constituição seja respeitado, que o movimento desta comissão movimente a sociedade que adormece em uma democracia inexistente.
Postar um comentário