Membros das comissões de paz do Congresso colombiano
apoiaram a iniciativa do presidente Juan Manuel Santos de estudar a
possibilidade de dividir em subgrupos os participantes da mesa com a guerrilha
das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) para agilizar os
diálogos.
Reprodução
As conversas entre Farc e governo, instaladas em Cuba em
novembro de 2012, conseguiram acordos parciais em três pontos da agenda.As
conversas entre Farc e governo, instaladas em Cuba em novembro de 2012,
conseguiram acordos parciais em três pontos da agenda. Na opinião da
co-presidenta da Comissão de Paz da Câmara de Representantes, Angela María
Robledo, “seria uma grande notícia e uma demonstração de vontade da força
insurgente de aceitar esta proposta para poder finalizar os diálogos este ano”,
informou a Rádio Caracol.
Robledo afirmou que os resultados do primeiro turno das
eleições presidenciais foram um alerta que deve reunir todos em torno do
processo de paz para evitar que “Óscar Iván Zuluaga chegue à Presidência para
declarar a guerra de (Álvaro) Uribe contra as Farc”.
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O representante do Centro Democrático, que enfrentará Santos
nas urnas no dia 15 de junho, reiterou que se chegar à presidência, no mesmo
dia que assumir o mandato, decretaria um cesse provisório das conversas e
colocaria condições às Farc.
Para Roy Barreras, presidente da Comissão de Paz do Senado,
dividir as equipes para estudar separadamente os dois temas que faltam da
agenda daria mais confiança aos colombianos sobre como o país está perto de
alcançar a paz, agregou a fonte.
A Assembleia Permanente pela Paz também apoiou a proposta de
Santos de agilizar os diálogos. O representante dessa organização, Luis Eduardo
Salcedo, apontou que a mesma dinâmica do processo facilita a inclusão de outra
equipe para dar impulso às conversas.
"Não é apenas necessário e apropriado, é um processo
lógico quando existe um compromisso tão importante de avançar para o fim do
conflito armado que hoje é irreversível", disse.
Em entrevista às rádios Caracol Radio e Blu Radio, Santos
indicou que os dois pontos que faltam concluir, o tema das vítimas e o fim do
conflito em si, poderiam ser abordados de maneira simultânea. A ideia, disse, é
subdividir as equipes para avançar mais rápido nos pontos quatro e cinco da
agenda.
As conversas, instaladas em Cuba em novembro de 2012, conseguiram
acordos parciais em três pontos da agenda: o desenvolvimento agrário, a
participação política e a solução ao problema das drogas ilícitas, um passo
qualificado como histórico.
A equipe governamental, liderada pelo ex-vice-presidente
Humberto de la Calle, voltará no dia 2 de junho à mesa para outra rodada de
diálogos.
Fonte: Prensa Latina
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