O estímulo à produção nacional de jogos eletrônicos e
digitais foi defendido pela deputada Luciana Santos (PCdoB-PE), na audiência
pública realizada nesta terça-feira (27), na Câmara dos Deputados. “Sim nós
queremos o mercado de game no Brasil”, disseram em uníssono os convidados que
participaram do debate, em resposta à proposta de regulamentação do setor
apresentado pela parlamentar.
Agência Câmara
Os convidados, a
exemplo da parlamentar, identificam a necessidade de um marco regulatório para
o setor e concordam com a necessidade de estímulo aos produtores locais. Os
convidados, a exemplo da parlamentar, identificam a necessidade de um marco
regulatório para o setor e concordam com a necessidade de estímulo aos
produtores locais. Luciana destaca que, além da oportunidade lucrativa para a
economia, os jogos estimulam a criatividade e podem ser utilizados como
ferramenta educativa e de fortalecimento da cultura popular.
E, ao encerrar a audiência, a parlamentar disse que para que
a gente atinja o nosso objetivo, podemos espelhar as políticas públicas
exitosas já existentes, como a do audiovisual, principalmente da parte de
financiamento de produção, para o setor de jogos eletrônicos.
Ela destacou as contribuições dos convidados que defenderam
a criação de uma indústria brasileira competitiva inovadora, com estímulo à
produção de conteúdo com identidade nacional e repertório brasileiro e
regulamentação para proteção da produção local.
O esforço, segundo a deputada, é de gerar um ambiente de
negócios que seja atrativo para garantir a permanência dos talentos no Brasil.
“Podemos dar passos mais largos por que nós temos potencial para essa
economia”, afirmou.
O crescimento do segmento de jogos eletrônicos coloca o
Brasil como o 4º maior mercado consumidor do mundo, à frente de Reino Unido,
Alemanha e Espanha, de acordo com a consultoria GFK. Em 2012, o mercado
nacional de jogos movimentou R$5,3 bilhões e estima-se um crescimento de 38% no
ano passado. Mas a maioria dos produtos digitais consumidos pelos brasileiros é
produzida no exterior.
Por essa razão, segundo a Luciana Santos, é preciso
“diminuir a defasagem tecnológica entre o Brasil e outros países, considerando
a necessidade de fomento e marco regulatório para esse recente setor da
economia nacional”.
Apoio
Os convidados, a exemplo da parlamentar, identificam a
necessidade de um marco regulatório para o setor e concordam com a necessidade
de estímulo aos produtores locais. De acordo com o representante do Ministério
da Ciência e Tecnologia, Pedro Menezes, o país possui um capital humano que
precisa ser "associado aos centros de pesquisa para termos um capital de
ideias".
Já José Murilo, do Ministério da Cultura, destacou o papel
do MinC na articulação entre os ministérios para a formatação de políticas
públicas, apresentando a proposta de criação de um Grupo de Trabalho com
representante do MinC e dos ministério da Educação e de Ciência e Tecnologia
para encaminhar as sugestões.
O presidente da Associação Brasileira dos Desenvolvedores de
Jogos Digitais (Abragames), Moacyr Avelino Alves Jr., enfatizou a necessidade
de regulamentação do setor. Ele lembrou que a distribuição de jogos para
consoles, como o XBox, PlayStation e Wii ainda é paga, mas para celulares e
internet é totalmente gratuita.
De Brasília
Márcia Xavier
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