Autor: Fernando Brito
As duas maiores empresas brasileiras têm um imenso
potencial, que só os tolos podem desconhecer.
Mas também têm, no curto prazo, de atravessar um período de
menos lucros sem parar de investir.
A Vale, por conta da queda da demanda – e do preço – do
minério de ferro no mercado internacional, que caiu de 180 dólares por tonelada
métrica, em abril de 2011, para 115 dólares, hoje.
A Petrobras porque tem um período de maturação da exploração
das reservas do pré-sal que só agora começa a produzir numa escala mais
significativa, embora esteja exigindo, há sete anos, um volume de investimentos
que leva às alturas as despesas da companhia.
Mas e o resto das empresas brasileiras, que choram miséria e
só fala em desaquecimento e pessimismo?
Hoje a Folha faz uma conta muito interessante.
Calcula o comportamento da bolsa sem o peso que representa a
falta de apetite dos investidores nas duas grandes empresas, que não podem
devolver – ou por queda nos preços ou por necessidade de investir – resultados
gordos e rápidos.
E conclui que “o lucro somado das 62 companhias presentes no
Ibovespa dispara quando as duas empresas são excluídas do cálculo”.
Elas tiveram um crescimento de 13, 3 % nas receitas e de
20,7% nos lucros.
Nada mau para uma país em que, segundo a imprensa, a
economia “está se desmanchando”.
E choram, chiam, pedem isso e aquilo.
Qualquer um sabe que os problemas da Vale e da Petrobras são
de curto prazo e, no médio e longo prazos serão de novo as “estrelas” do
mercado.
Mas quem é que quer saber de médio e longo prazo no Brasil?
O “negócio” é apostar faminto nas tais “medidas impopulares”
para o capital encher as burras e fazer as malas.
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