domingo, 18 de maio de 2014

REFLEXÃO DO DIA (O fiasco das manifestações contra a Copa)

Faltam 25 dias para o começo da Copa do Mundo 2014. Em 12 de junho, no estádio do Corinthians, em São Paulo, o Brasil enfrenta a Croácia na abertura da Copa.

A direita, com o apoio de setores minoritários e equivocados, faz um enorme esforço para dar um sentido político-eleitoral ao evento e procura encontrar um caminho para dar densidade às manifestações contra a Copa, sem êxito.

As manifestações da última quinta-feira (15), marcadas para ocorrer em várias capitais, dão o tom desse fracasso. O Movimento Contra a Copa conseguiu reunir pouquíssimas pessoas em algumas grandes cidades. 

Como se poderia prever, compareceram ativistas encapuzados, com seu cortejo de tumultos, agressões a estabelecimentos comerciais, queima de lixo, quebra de vidraças e impedimento à circulação de ônibus e veículos particulares.

O fracasso daquilo que os organizadores pretenderam batizar com o nome pomposo de Dia Internacional de Lutas contra a Copa é significativo. Os defensores da campanha “Não vai ter Copa” lutam, na verdade contra o Brasil e estão na contramão do sentimento da quase totalidade dos brasileiros. A realização da Copa do Mundo no País é motivo de orgulho e afirmação nacional. A direita e os desavisados do movimento popular que ela consegue mobilizar agem em oposição direta ao sentimento nacional. Este sentimento é o principal dado da realidade com o qual a direita se confronta.

Quem quer o fracasso da Copa do Mundo no Brasil tenta legitimar seus argumentos mencionando os números do investimento feito. Citando parcialmente e, quase sempre, de má fé. No total, foram investidos 25,6 bilhões de reais em obras ligadas direta ou indiretamente à Copa. Mas não há um centavo do orçamento da União nestes investimentos; o que há são financiamentos do BNDES, contratados nas condições praticadas pelo banco, e que deverão ser pagos pelos tomadores dos empréstimos. E também uso de recursos dos poderes locais (estados e municípios) e da própria iniciativa privada, com obrigações semelhantes para os tomadores. 

Estes investimentos não geraram, ao contrário do que alegam os críticos da direita, redução nos investimentos públicos em educação e saúde. Houve sim crescimento, que nunca é referido por aqueles que são acometidos pelo “complexo de vira-latas” na feliz expressão do escritor Nelson Rodrigues.

Serão enormes os ganhos para o país e para os brasileiros, com a realização da Copa, traduzidos em geração d eempregos, aumento do número de turistas que visitarão o País e obras de infraestrutura. Também cresce o prestígio internacional do Brasil e dos brasileiros. Além da realização do torneio em si, com todos os valores desportivos e culturais que isto implica.

Os aeroportos estão sendo modernizados e aumentarão em 81% a capacidade de recepção de passageiros nas cidades sede da Copa. Estão ocorrendo melhorias nas telecomunicações, com o investimento de 404 milhões de reais. O ganho real, que vai afetar a vida de todos os brasileiros, será o acréscimo de quase 30 bilhões de reais ao PIB, diz estimativa feita pelo Ministério do Turismo e pela Fipe. Isto é, quase 1%, considerando o PIB de 2013, que foi de 4,8 trilhões de reais.

São fatos que tranquilizam o governo brasileiro a respeito da grande festa que será a Copa do Mundo. E o movimento contrário é visto com naturalidade. Para o ministro do Esporte, o comunista Aldo Rebelo, as manifestações pacíficas são protegidas por lei e “não representam ameaça de nenhuma forma”; para ele são “manifestações por reivindicações que acontecem perto da Copa”.

A presidenta Dilma Rousseff fez considerações de ordem prática, durante um jantar com jornalistas: “Nós podemos dizer, em alto e bom som: o legado da Copa é nosso. Porque ninguém que vem aqui assistir à Copa leva consigo na sua mala aeroportos, portos, obras de mobilidade urbana, nem tampouco estádios”. Mas vão levar, e isto é certo, “a garantia de que este é um país alegre e hospitaleiro (...) aeroportos ficam para nós, obras de mobilidade ficam para nós, estádios ficam pra nós, esta é a questão central dessa Copa e finalmente a ultima é que faremos sem sombra de duvida a Copa das Copas”, disse.

O fracasso da direita em relação à Copa do Mundo pode prenunciar sua derrota eleitoral em outubro, quando o Brasil escolherá o presidente da República para o período de 2015 a 2018. Tem razão o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva quando afirma que a realização da Copa do Mundo no Brasil se transformou em “objeto de feroz luta política eleitoral” e, na medida em “que se aproxima a eleição presidencial de outubro, os ataques ao evento tornam-se cada vez mais sectários e irracionais”. Fonte: Editorial do Portal Vermelho

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