Autor: Fernando Brito
Nada dói tanto quanto tocar numa ferida.
Isso é o que explica a reação de Fernando Henrique Cardoso
às declarações de Lula, dizendo que não
ia “vestir a carapuça” em relação a
corrupção da compra de votos na emenda que, no governo tucano, instituiu a
reeleição.
Nem a mais simpática imprensa tem qualquer dúvida de que
houve um “mercado do voto” para instituir a releição sem, ao menos, fazer disso
uma regra válida para o futuro, mas beneficiando diretamente ao então ocupante
do Palácio do Planalto.
Fernando Henrique, no fundo, se vê como um D. Pedro I, que fez um “imenso favor” ao
povo brasileiro em permanecer mais quatro anos.
Só que como o “proclamador da Dependência”, dedicado a
completar sua missão de destruir todas as aspirações deste país em ter um
destino próprio.
A vaidade é a pior das armadilhas.
Fernando Henrique vai exatamente para onde Lula o quer.
Para um embate entre os dois.
Porque, afinal, é este mesmo o embate, embora os “bundinhas”
da análise política torçam o nariz para a personalização da política.
Na sua pobreza mental, elitista e fria, não conseguem ver
que os personagens servem ao enredo, não ao contrário.
Quanto às queixas do grão-tucano ao “baixo nível”, sugiro
que ele dê um pulinho à área vip do Itaquerão, para falar com aquela gente
“diferenciada” que o apóia.
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