O Tijolaço é quem melhor acompanha a fraude da Cantareira
tucana …
O Conversa Afiada reproduz artigo de Fernando Brito,
extraído do Tijolaço:
A “contabilidade criativa” de Alckmin continua secando
A imprensa deixou de lado a situação real do abastecimento
de água em São Paulo.
A “contabilidade criativa” usada por Geraldo Alckmin para
dar o “jeitinho” possível na escassez hídrica de São Paulo está sendo aceita
como algo que “funcionou”.
Claro que, olhando superficialmente, está, sim.
Dos 182 bilhões de litros acrescido pelo uso das águas do
fundo das represas de Jaguari/Jacareí e Atibainha (que não começou a ser
bombeado), foram usados, até ontem,
pouco mais de 33 bilhões, ou um sexto do total.
Como temos ainda quatro meses do período de seca e cinco
sextos para gastar, a conta “fecha”.
Ao menos até as eleições, que é o que interessa à
contabilidade tucana.
Não é assim, porém.
Mesmo tendo sido reduzida em 30% a oferta de água à região
abastecida pelo Sistema Cantareira – de 31 m³ por segundo para 23 m³/s, em
parte pela redução de consumo, mas também pelo uso das águas do Sistema Alto
Tietê, que vem baixando rapidamente, também.
E a razão é simples, embora passe agora despercebida pela
população, porque é “importante” que achem que o problema está resolvido.
Não está, porque a queda no volume de água afluente piorou.
Este mês, em média, entraram apenas 6,6 metros cúbicos de água por dia no
Sistema. É apenas um terço do que foi ano passado e um quinto da média
histórica do mês. Como, aliás, havia sido maio.
E, como não entra água, a queda do nível das represas
bombeadas cai dramaticamente.
E a incerteza sobre a qualidade da água e sobre a eficiência
do bombeamento só aumenta quando diminui a profundidade da qual se tem de
“puxar a água”.
O limite de utilização dos 200 bilhões de água remanescentes
no sistema também não é zero. Porque é preciso de ter acumulação nos seus
diversos estágios .
Se tudo correr “bem” e a afluência de água não cair ainda
mais, há quatro meses de abastecimento, “bebendo” 1,5 bilhão de litros por dia.
Se piorar, como vem piorando, nem isso.
Ainda, porém, que tudo corra às “mil maravilhas”, todas as
chuvas de verão (isso se vierem como em 2013, não como não vieram neste 2014)
será suficiente apenas para cobrir o “saldo negativo” que o Sistema terá este
ano.
Sem horizonte possível de alívio.
E sem saída senão a de um drástico racionamento.
Talvez se confirme, dramaticamente, o que o próprio Geraldo
Alckmin diz que São Paulo não quer.
Esperteza.
Com a sua água, sobretudo.
Clique aqui para ler “Dilma e cisternas: o que fez o Alckmin ?”.
Com a sua água, sobretudo.
Clique aqui para ler “Dilma e cisternas: o que fez o Alckmin ?”.
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