Por Dedé Rodrigues
Os Marchantes de
Tabira interditaram a PE 320 entre Tabira e Riacho do Gado com pneus
queimados impedindo a passagem de veículos, exceto casos de urgências,
protestando contra a decisão da Justiça na última sexta-feira de matar os
animais só em Afogados da Ingazeira. Segundo alguns deles, a carne estava vindo de
Afogados deteriorada, fedendo e preta, causando enorme prejuízo financeiro aos
marchantes e colocando em risco a saúde pública em Tabira, caso esta carne
fosse consumida. Depois de um protesto organizado por eles com apoio da
população de Tabira e de várias autoridades o Promotor de Justiça Dr. Lúcio
decidiu autorizar que os animais voltassem a ser abatidos em Tabira até
que o problema das condições do matadouro fosse resolvido. O
blogueiro Antonio de Du e o radialista Vagner Leandro deram total cobertura ao
movimento com as fotos e coletando informações.
Na conversa que os
integrantes do nosso blog tiveram com alguns marchantes o problema reside nas
próprias condições do abatedouro de Afogados da Ingazeira que, segundo
Josete Marques,entre outros, não tinha estrutura para abater muitos
animais. Outras pessoas chegaram a dizer que matavam os animais e colocavam as
vísceras junto com a carne para transportar para Tabira, de forna que, quando a
carne chegava aqui não estava mais própria para o consumo.
Depois de muita
agitação, queima de pneus e luta com apoio da população, realizou-se uma
reunião próximo ao movimento, casa de Seba, onde estava o promotor de
Justiça, Dr. Lúcio, o presidente da Câmara, que também é marchante,
Marcos Crente, o Prefeito da Cidade Sebastião Dias, o Secretário de
Administração Flávio Marques, lídeeres dos marchantes, entre
outras autoridades. Depois de um longa discussão com as pessoas mostrando fotos
ao Promotor da situação da carne, Dr. Lúcio decidiu autorizar que os animais
voltassem a ser abatidos em Tabira.
Nas falações,
inciada pelo Promotor Dr. Lúcio, ele disse que a decisão do abate dos animais
regionalizado é do Governo do Estado, mas comunicava aos cidadãos de Tabira, de
forma respeitosa, que o abate não foi feito de forma adequada conforme ele
previa e o Ministério Público não aceita isto. Foi criada uma comissão
que vai se reunir na quarta-feira com o Promotor e enquanto a questão não for
resolvida os animais continuarão sendo abatidos em Tabira. Dr.Lúcio também
estimulou os marchantes para que eles saíssem deste episódio mais enriquecidos,
para isto sugeriu que eles se organizassem e criassem uma cooperativa ou
uma Associação dos marchantes de Tabira.
Já o Prefeito
Sebastião Dias prometeu que os marchantes nesta terça-feira não
pagariam a senha e ia dar um jeito deles serem ressarcidos dos prejuízos da
carne que veio deteriorada.
Para eu, Vagner Leandro e Antônio de Du
que acompanhamos este movimento e defendemos uma democracia que vai além
de ser só representativa, mas também participativa, na qual a voz do povo seja
sempre ouvida pelas autoridades, ter acompanhado esta luta dos marchantes
de Tabira, posso afirmar que saímos rejuvenescidos em relação ao ideal maior
que defendemos: uma Tabira, um Pernambuco e um Brasil cada vez mais justo, com
um povo mais consciente, participativo, democrático e socialista.
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