Construções capitais para o desenvolvimento do país, como os
trechos de transposição do Rio São Francisco, Ferrovia da Integração
Oeste-Leste e Cinturão das Águas do Ceará, além de grandes projetos da
Petrobras, caminham em ritmo lento por falta de crédito e redução da
mão-de-obra; só no primeiro bimestre de 2015, foram fechadas mais de 35,5 mil
vagas na construção civil, segundo o Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados do Ministério do Trabalho; se contar desde setembro de 2014,
quando as investigações da Lava Jato se intensificaram, número sobe para 241,5
mil; “O Brasil está parado. As obras não avançam”, afirma o presidente do
Instituto de Engenharia, Camil Eid; na indústria naval, os estaleiros já
demitiram cerca de 28 mil; o procurador Deltan Dallagnol, coordenador da
força-tarefa da Lava Jato no Paraná, pretende multar as empresas, já
combalidas, em R$ 4,5 bilhões
22 DE MARÇO DE 2015 ÀS 10:24
247 – A operação Lava Jato, comandada pelo juiz Sérgio Moro,
já afeta 30 grandes obras em todo o país. Segundo um levantamento feito pelo
‘Estado de S. Paulo’; construções capitais para o desenvolvimento do país, como
os trechos de transposição do Rio São Francisco, Ferrovia da Integração
Oeste-Leste e Cinturão das Águas do Ceará, além de grandes projetos da
Petrobras, caminham em ritmo lento por falta de crédito e redução da
mão-de-obra.
Só no primeiro bimestre de 2015, foram fechadas mais de 35,5
mil vagas na construção civil, segundo o Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados do Ministério do Trabalho; se contar desde setembro de 2014,
quando as investigações da Lava Jato se intensificaram, número sobe para 241,5
mil; “O Brasil está parado. As obras não avançam”, afirma o presidente do
Instituto de Engenharia, Camil Eid.
Na indústria naval, o estrago também é grande. Desde o
início do ano passado, os estaleiros já demitiram cerca de 28 mil
trabalhadores. Incluindo o setor de máquinas e equipamentos, o número de
desempregados já supera os 34 mil.
A situação é agravada pelo endividamento da Sete Brasil,
criada para fornecer 29 sondas para a Petrobras. Citada no esquema, ela acumula
dívidas com estaleiros de mais de R$ 900 milhões, e aguarda desde o ano passado
um financiamento de R$ 21 bilhões já acordado pelo BNDES.
O cenario pode se complicar ainda mais porque o Ministério
Público quer tornar essas empresas inidôneas, o que afastaria a possibilidade
de novos contratos públicos. Além disso, o procurador Deltan Dallagnol,
coordenador da força-tarefa da Lava Jato no Paraná, pretende multar as empresas,
já combalidas, em R$ 4,5 bilhões (leia aqui).
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