Autor: Fernando Brito
A Petrobras está nas manchetes, esta noite, nos grandes
sites.
Porque anunciou hoje a quebra de mais um recorde na produção
do pré-sal, com 737 mil barris por dia alcançados no dia 26 de fevereiro?
Só em petróleo, sem contar o gás, que deve elevar a marca a
mais de 900 mil barris-equivalente de
petróleo, contra o recorde anterior de 814 mil barris .
Não, mas porque teria demitido o gerente de Comunicação
Institucional, Wilson Santarosa, um servidor da empresa que tem como “pecado”
ter sido dirigente sindical e ser petista.
Eu estranharia se fosse tucano.
Todos os que acompanham este blog sabe que não deixo de
fazer as críticas que acho justas à comunicação da Petrobras, quando acho que
merecem.
Mas a função da Petrobras é produzir petróleo, não anúncios,
embora os anúncios sejam parte de qualquer estratégia empresarial vitoriosa.
Como já dizia Millôr Fernandes, “quem não anuncia, se
esconde”.
Estamos próximos de um milhão de barris diários no pré-sal,
que tem oito anos de descoberto, o que é nada em termos de indústria de
petróleo.
E de um bilhão para dois milhões vai ser em muito menos
tempo, com a entrada em operação dos campos de Búzios ( antes, Franco) e de Libra.
Mas o que importa é a intriga política, embora não se tenha
notícia de qualquer irregularidade praticada.
Este é o Brasil da mídia: a realidade tem quase nenhuma
importância.
E, ainda por cima, uma vingança fria dos tempos em que a
Petrobras enfrentou, na internet, os ataques da grande imprensa, com o blog
“Fatos e Dados”.
Jornalismo não se faz, aqui, nem com fatos, nem com dados.
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