

A audiência do Programa Tabira em Tempo na estreia na Rádio Comunitária
Tabira FM, no dia 12 de abril de 2015, das 10 à 11 horas da manhã, superou as
expectativas dos apresentadores, Dedé Rodrigues, Vagner Leandro e Antonio de
Du. Durante o programa que abordou grandes temas da atualidade de Tabira, do
Brasil e do mundo, dezenas de ouvintes fizeram elogios por intermédio da
internet e através de telefonemas, alguns até sugeriram que o programa fosse
apresentado também em outros horários da semana, entre outros, que disseram que
o programa já era para está no ar há muito tempo. No programa, entre os temas
abordados, estavam: a reflexão da semana que foi sobre as
manifestações contra o Governo Federal, e os destaques da
semana, sempre com uma análise a luz da Ciência, ponderada e reflexiva dos
apresentadores.
O nosso programa debateu sobre a greve dos professores do Estado de
Pernambuco; a corrupção no Brasil; a necessidade de uma reforma
política democrática no país, a crise internacional, o PL
– 4330 da terceirização do trabalho, as manifestações no Brasil, além de
reivindicações das comunidades, etc. Procuramos sempre fazer um contraponto às
análises da grande mídia no Brasil que deixa muito a desejar e, praticamente
pouco mostra ou nada mostra sobre o contraditório, pois basicamente
só assistimos o ponto de vista deles nas análises que veiculam sobre os
fenômenos da sociedade contemporânea.
Três temas mereceram uma reflexão mais aprofundada dos apresentadores:
as manifestações dos dias 15 de março e 12 de abril contra o Governo Federal
que, na aparência, combatem a corrupção, mas na essência, por trás
delas, têm interesses gigantescos de parar o ciclo de mudanças
iniciado no Brasil em 2003. A prova disto é que não se ver na
passeata bandeiras que ampliem os direitos dos trabalhadores, pelo contrário,
pedem também ditadura e propagam o ódio ao PT, à democracia e a esquerda
brasileira.
Um exemplo ilustrativo sobre o caráter direitista e conservador destas
passeatas é o fato dos líderes deles não combaterem o PL 4330, sobre
as terceirizações no Brasil que, em resumo, golpeia profundamente a
CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) no Brasil, além de não resolver o
problema de 10 milhões de terceirizados no país, abre brecha para terceirizar
outros 45 milhões. Este projeto,se aprovado em definitivo, prejudicará
os trabalhadores de várias formas com subcontratações, redução
de diversos direitos trabalhistas, como FGTS, estabilidade no emprego, fim dos
concursos públicos, mais desemprego, achatamento salarial,
principalmente para as mulheres, menos impostos para o governo e mais
gente ocupando o SUS, com mais acidentes de trabalho. Em suma: é menos direitos
trabalhistas, mais lucros para os patrões e mais exploração para os
trabalhadores.
Mereceu um destaque especial também, com Antonio de Du, a
questão da redução da maioridade penal no Brasil. No programa a gente afirma
que, este projeto, além de não resolver o problema da violência juvenil no
Brasil, ele deve agravar esta questão, por um motivo bem simples de entender.
Segundo dados de pesquisas, se hoje, os crimes graves envolvendo jovens, representam menos de 1%
dos crimes gerais, só cerca de 2 em cada 10 menor que comete crimes, são
reincidentes. Isto quer dizer que os 8 menores que são recuperados de cada 10,
forem jogados nas prisões ou presídios brasileiros juntos com os maiores
criminosos que são “doutores no crime”, a tendência de boa parte destes jovens
que são recuperados é formarem-se na “universidade do crime”, pois o
homem é produto do meio. Conclusão: com a aprovação da maioridade
penal teremos mais violência, mais crimes hediondos e mais criminosos agindo
contra a sociedade. Se a gente quiser aprofundar ainda mais esta conclusão, levando
em conta o desrespeito aos direitos humanos, podemos também afirmar que teremos
mais marginalizados pelo próprio sistema jurídico, econômico e prisional, agindo
contra todo o sistema atual.
Domingo, das 10 às 11 horas, tem mais. fique ligado!
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