Autor: Miguel do Rosário
Em 2012, a ong Tax Justice Network divulgou estudo em que
estimava a fortuna de brasileiros no exterior em mais de R$ 1 trilhão.
Parte desse dinheiro faz parte da lista de contas secretas
no HSBC suíço.
A lista ficou presa por vários meses com o jornalista
Fernando Rodrigues, da UOL, que a vendeu para a Globo, que está fazendo um
trabalho cuidadoso para divulgar os números, sem melindrar os paneleiros
milionários que tem conta por lá.
Hoje o Globo divulgou mais 38 nomes.
Somente a família Steinbruch tinha meio bilhão de dólares.
Isso corresponde, no dolar de hoje, a R$ 1,7 bilhão.
Benjamin Steinbruch foi um dos que mais lucrou com as
privatizações desvairadas do governo Fernando Henrique Cardoso. Primeiro
comprou a CSN, nossa principal siderúrgica, feita no tempo de Getúlio. Depois
comprou a Vale, usando títulos podres e pagando um preço 30 vezes menor do que
a empresa valeria alguns anos depois.
Outro nome interessante na lista é o de Aloysio de Andrade
Faria, irmão de Gilberto Faria, o padastro de Aécio Neves…
Aloysio e Gilberto Farias são filhos de Clemente Faria, um
banqueiro cheio de histórias.
Segundo a Forbes, Aloysio é o décimo segundo homem mais rico
do Brasil, com fortuna estimada em 8 bilhões de reais.
Essa é a turma que quer voltar a governar o Brasil.
Depois a mídia tenta impressionar os trouxas porque Dirceu
lucrou R$ 67 mil por mês…
Ou pior, vender aos otários que o “menino pobre” mudou o
Brasil porque prendeu o “poderoso” Genoíno…
*
A lista dos 38 brasileiros com mais de 50 milhões de dólares
no HSBC
Do Uol:
Milionários brasileiros utilizaram 97 contas no banco HSBC
da Suíça, segundo registros de 2006 e 2007, e fizeram uso de 68 empresas
conhecidas como “offshores” para movimentar os seus recursos.
Essas companhias ficam em paraísos fiscais, como Panamá e
Ilhas Virgens Britânicas, no Caribe. São usadas principalmente por quem quer
pagar menos impostos. Se o envio e depósito dos valores em offshores e a volta
dos recursos ao país de origem forem declarados, não há ilegalidade. Essas
empresas, porém, podem servir a propósitos ilícitos, como ajudar a camuflar
dinheiro sem origem comprovada.
Levantamento feito pelo UOL e pelo jornal o “Globo” entre os
brasileiros ligados a contas no HSBC da Suíça encontrou 38 pessoas divididas em
14 grupos (de integrantes da mesma família ou sócios), que compartilhavam as
mesmas operações financeiras, vinculados a contas com saldo acima de US$ 50
milhões.
Somadas, essas contas registravam um depósito máximo de
cerca de US$ 2 bilhões em 2006 e 2007, período ao qual os dados se referem.
Esse valor representa mais de um quarto dos US$ 7 bilhões vinculados a pessoas
relacionadas ao Brasil na filial do HSBC em Genebra. Foram usadas 68 offshores
para movimentar esses recursos.
A discrição é uma das principais características desse tipo de
empresa. É praticamente impossível localizar qualquer rastro consistente de
informação. Nas planilhas do HSBC, as offshores se caracterizam por nomes
curiosos como Spring Moonlight, Blue Green Pine, Demopolis e Coast to Coast.
Como os arquivos completos do banco vazaram, é possível saber, de maneira
inédita na história financeira mundial, quem exatamente era dono de qual
empresa.
As offshores servem para que empresários protejam seu
patrimônio pessoal de turbulências financeiras em seus países e dão aos
investidores o benefício de pagar impostos mais baixos quando obtêm lucros.
Essa vantagem se dilui quando os recursos são devidamente declarados ao Fisco
do país de origem, que cobra sobre os ganhos, não importando onde foram
obtidos.
Os brasileiros que apareciam com saldos acima de US$ 50
milhões em contas ligadas a offshores localizados pelo UOL e o “Globo” não
quiseram comentar a relação com essas empresas, nem dar detalhes sobre sua
utilidade.
Eis a lista dos 14 grupos de pessoas vinculados
a contas com saldo acima de US$ 50 milhões nos arquivos do SwissLeaks
0 comentários :
Postar um comentário