Em ato
unificado do 1º de maio promovido por centrais sindicais, em São Paulo, o
ex-presidente fez discurso inflamado em defesa dos direitos dos trabalhadores e
ainda atacou o avanço conservador e golpista que tem se instaurado no na
sociedade: “vou desafiar aqueles que não se conformam com a democracia”
Por Redação
Acontece
neste 1º de maio, por todo o país, atos em comemoração ao Dia do Trabalhador.
Em São Paulo, a Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), a Intersindical e diversos
movimentos sociais organizaram um ato unificado no Vale do Anhangabaú para
comemorar a data e, principalmente, lutar contra o avanço conservador no
Congresso e suas pautas, como o Projeto de Lei 4330, o PL da Terceirização.
Mais de 50
mil pessoas lotaram a parte de baixo do Viaduto do Chá para acompanhar os
discursos das lideranças sindicais e de movimentos sociais. A ideia do ato, de
acordo com Vagner Freitas, presidente da CUT, é organizar uma frente
unificada de movimentos de esquerda para enfrentar a ofensiva conservadora no
Congresso Nacional.
“Vamos
reunir os movimentos de mulheres, negros, pela educação, pela causa LGBT,
diversos movimentos sociais, e montar uma frente unificada em defesa do Brasil,
contra a direita conservadora. Diremos não à intolerância no Brasil, e não
deixaremos que mexam nos nossos direitos. Como disse o ex-presidente Lula, que
não ousem mexer nos direitos da classe trabalhadora”, afirmou.
Quem também
falou ao público presente foi o ex-presidente Lula. Em sua fala aos trabalhadores,
Lula fez duras críticas à insinuações de parte da imprensa para com o seu nome.
“Vejo nas
revistas brasileiras, que são um lixo, as insinuações. Eles querem pegar o
Lula, mas me chama para a briga que eu gosto. Quero dizer aqui, na frente
das crianças: pega 10 jornalistas da Veja, da Época, e enfia um dentro do outro
que não dá nem 10% da minha honestidade”, afirmou.
Lula falou
ainda, com intenção clara de desafiar os críticos e aqueles que ainda não se
conformaram com a eleição de Dilma, que voltará a viajar pelo país e dialogar
com a população.
“Aos
meus detratores: eu vou andar este país outra vez, e vou conversar com os
desempregados, os camponeses, os empresários. Vou começar a desafiar aqueles
que não se conformaram com o resultado da democracia”, disse.
No ato, as
centrais sindicais e movimentos que estiveram presentes já deliberaram a
realização de um dia de lutas contra o PL 4330, que visa a terceirização total
no mercado de trabalho. Será no dia 29 de maio, quando uma marcha seguirá para
Brasília para fazer pressão ao Senado, que abrirá a votação do projeto.
Foto:
Ricardo Stuckert/ Instituto Lula
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