A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) fechou o mês de maio em forte desaceleração:
atingiu 0,6%; dados foram divulgados nesta sexta-feira 22 pelo IBGE; no mês
anterior, o índice atingiu 1,07% e, em abril do ano passado, 0,58%
22 de Maio de 2015 às 10:46
Por Nielmar de Oliveira - Repórter da Agência Brasil
A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) fechou o mês de maio em forte desaceleração:
atingiu 0,6%. Os dados foram divulgados hoje (22) pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE). No mês anterior, o índice atingiu 1,07% e, em
abril do ano passado, 0,58%.
A taxa, que constitui uma prévia do Índice Nacional de
Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – a inflação oficial do país – o IPCA-15 tem
por objetivo medir a inflação de um conjunto de produtos e serviços
comercializados no varejo, referentes ao consumo pessoal das famílias, cujo
rendimento varia entre 1 e 40 salários mínimos.
Apesar da queda, com este resultado, o índice acumulado no
ano foi 5,23%, acima da taxa de 3,51% registrada em igual período de 2014. No
acumulado dos últimos 12 meses, o índice ficou em 8,24%, próximo ao dos 12
meses imediatamente anteriores (8,22%), sendo, no entanto, o resultado mais
elevado desde janeiro de 2004 (8,46%).
Segundo o IBGE, a desaceleração de maio teve como principal
influência o peso da energia elétrica. Com peso de 3,88% na despesa das
famílias, as contas de energia tiveram alta de apenas 1,41% em maio, contra
13,02% da taxa de abril, uma redução de 9,14 ponto percentual. Com a queda na
energia elétrica, o índice do grupo habitação recuou de 3,66% para 0,85%, entre
uma prévia e outra.
Os dados do IBGE indicam que o grupo saúde e cuidados
pessoais (1,79%) foi o mais elevado no mês, com destaque para os produtos
farmacêuticos, cujos preços aumentaram, em média, 3,71%. Este item liderou a
relação dos principais impactos, sendo responsável por 0,12 ponto percentual do
IPCA-15 de maio.
Já o menor resultado de grupo foi transportes, com deflação
(inflação negativa) de 0,45%, puxado pela queda de 23,61% no item passagens
aéreas, com impacto de -0,1 ponto percentual no IPCA-15 do mês – o menor do
período. Houve também redução nos preços dos combustíveis (etanol e gasolina), itens
que vinham pressionando a inflação.
Nos alimentos a alta ficou em 1,05%, contra 1,04% da prévia
de abril, com elevação significativa de alguns dos produtos importantes na
cesta da população: tomate (alta de 19,79%), cebola (18,83%), cenoura (10,45%),
leite (2,64%), pão francês (2,23%), óleo de soja (2,17%), carnes (1,40%),frango
em pedaços(1,30%).
O IPCA-15 refere-se às regiões metropolitanas do Rio de
Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza,
Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia, e tem como principal
diferencial, além da abrangência regional, o período de coleta que vai da
metade do mês anterior à metade do mês de referência.
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