
Exemplo disso
é a apuração do caso conhecido como “Lista de Furnas”. O esquema de
corrupção e lavagem de dinheiro, tinha entre os objetivos abastecer a
candidatura do PSDB às eleições de 2002, quando Aécio foi eleito governador de
Minas Gerais.
Enquanto a Operação Lava Jato apresenta 28 ações
penais, a investigação sobre a Lista de Furnas está parada. Com a apuração dos casos de corrupção na Petrobras,
novas evidências rondam a participação de tucanos no caso.
A
contribuição dos depoimentos do doleiro Alberto Youssef, um dos principais
delatores da Lava Jato, reforça o suposto envolvimento de Aécio
no recebimento de dinheiro ilegal. A declaração do doleiro ressuscitou a Lista de
Furnas. De acordo com ele, na época em que era deputado federal, Aécio estaria
recebendo recurso desviados de Furnas “através de sua irmã”.
Por enquanto,
a Procuradoria-Geral da República (PGR) justifica não ter informações
suficientes contra Aécio e considerou insuficientes as informações fornecidas
pelo doleiro, pedindo assim o arquivamento das investigações sobre
o tucano. Apesar da PGR recomendar o arquivamento por falta de indícios, o
órgão reforça que um inquérito pode ser aberto para aprofundar as investigações
caso surjam novas provas.
Diante
das declarações de Youssef, parlamentares petistas cobram apuração. Os
deputados federais Adelmo Leão e Padre João, do PT de Minas Gerais, e o
deputado estadual Rogério Correio (PT-MG), encaminharam uma representação à PGR
pedindo que seja aberta investigação, com base nos depoimentos do doleiro
Youssef.
“Temos
confiança e esperança de que Janot vai aceitar o pedido”, declarou o deputado
federal Padre João (PT-MG), à Agência PT de Notícias.
Na avaliação do deputado federal Adelmo Leão
(PT-MG), o tucano que está supostamente envolvido em casos de corrupção
apresentou um discurso hipócrita. “Concordo que temos que acabar com a
corrupção, começando por um uma boa auditoria em Minas, no período da gestão
tucana. Aécio sempre faze uma propaganda falsa. O discurso não acompanha a
prática”,
afirmou.
Para o deputado estadual Rogério Correia
(PT-MG), a apresentação de Aécio é pura demagogia. “Se fossem
investigados os desvios de Furnas Centrais Elétricas que foram para caixa dois
de campanha tucana, o super faturamento de obras no Mineirão, recursos do
Estado que foram parar na rádio Arco Íris de propriedade de Aécio Neves e sua
irmã, o aeroporto de Cláudio construído em fazenda do seu tio com recurso
público, um helicóptero de cocaína, desvio de verba na saúde e educação, Aécio
Neves estaria preso”, declarou Correia.
(Por Michelle Chiappa, da Agência
PT de Notícias)
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