Três movimentos praticamente simultâneos liquidaram o esboço
de golpe que vinha sendo liderado pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG), derrotado
na última eleição presidencial; o primeiro ato foi a declaração de João Roberto
Marinho, um dos sócios da Globo, de que o sucessor da presidente Dilma Rousseff
será quem vencer a disputa presidencial de 2018; em seguida, o governador de
São Paulo, Geraldo Alckmin, afirmou que 'a questão do impeachment não está
colocada'; ontem à noite, no terceiro ato, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL),
presidente do Congresso Nacional, sinalizou que o Brasil tem condições de
retomar a governabilidade, ao lançar a Agenda Brasil, que prevê reformas
fiscais de longo prazo; com seu estilo incendiário, que é a negação do espírito
de Tancredo Neves, Aécio sairá da crise atual menor do que entrou e
dificilmente conseguirá ser o candidato tucano em 2018 (Fonte: Brasil 247)
11 DE AGOSTO DE 2015 ÀS 05:59
247 – O senador Aécio Neves (PSDB-MG), que no fim de semana
concedeu uma entrevista prevendo que será chamado em breve a salvar o País
(leia aqui), foi abandonado à beira da estrada.
Nos últimos dias, três movimentos simultâneos praticamente
liquidaram a possibilidade do golpe contra a democracia, que vinha sendo
tramado e liderado por aliados de Aécio.
O primeiro ato se deu no encontro entre João Roberto
Marinho, um dos sócios da Globo, e senadores petistas, quando ele afirmou que o
sucessor de Dilma será aquele que conseguir se eleger em 2018 (leia aqui). Mais
do que respeitar o calendário eleitoral e abandonar o golpe, a Globo também
rifou Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara dos Deputados, que seria
peça-chave na orquestração golpista (leia aqui).
O segundo ato partiu daquele que, no PSDB, reúne hoje as
melhores condições para se colocar como candidato natural do partido: o governador
de São Paulo, Geraldo Alckmin. Ontem, ao participar de uma homenagem ao
ex-governador pernambucano Eduardo Campos, ele afirmou que 'a questão do
impeachment não está colocada' (leia aqui).
Não é exatamente o que pensam tenentes aecistas, como o
deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) e o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), mas
o fato é que a opinião de Alckmin tem muito mais peso.
Por último, o terceiro ato ocorreu na noite de ontem,
quando, em sintonia com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, o senador Renan
Calheiros (PMDB-AL), lançou a chamada "Agenda Brasil", um pacote de
reformas de longo prazo, que sinalizam a retomada da governabilidade e da
responsabilidade fiscal.
Os três movimentos, simultâneos, podem ser resumidos numa
frase: Dilma fica, terá condições de governar e Geraldo Alckmin será o
candidato do PSDB em 2018.
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