Líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE) criticou
duramente a proposta do relator do orçamento de 2016, deputado Ricardo Braga
(PP-PR), de reduzir R$ 10 bilhões do programa; "Não seja um Robin Hood às
avessas, senhor relator: não tire dos pobres para manter o dos ricos. Tenha a
coragem de ser duro com os mais fortes e suave com os mais fracos", disse
o senador; para Costa, a redução de gastos poderia ser feita em cima "dos
R$ 10 bilhões de emendas parlamentares impositivas a que todos nós
congressistas temos direito"
21 DE OUTUBRO DE 2015 ÀS 16:49
Pernambuco 247 - O líder do PT no Senado, Humberto Costa
(PE), criticou duramente à proposta de redução de R$ 10 bilhões no orçamento do
programa Bolsa Família como colocado no projeto de lei orçamentária para 2016,
do relator, deputado Ricardo Braga (PP-PR). Humberto qualificou o corte como
sendo uma "piada de mau gosto, absurda e totalmente descabida" e
chamou o relator de "Robin Hood às avessas".
Segundo Humberto, o PT irá trabalhar para derrubar o corte
na votação da proposta pelo Congresso. Irritado, o petista sugeriu que o corte
fosse feito em cima das emendas parlamentares a que os congressista têm direito
de apresentar.
"Quero crer que essa ideia não vá prosperar. Mas se o
relator insistir nessa visão estreita de trucidar uma das políticas de Estado
mais exitosas deste país, vai contar com toda a nossa oposição para que
possamos rejeitar essa medida no plenário do Congresso Nacional", afirmou
Humberto em discurso no plenário da Casa. O valor do corte corresponde a 35% do
orçamento totla do Bolsa Família, que é de R$ 28,8 bilhões.
"Não dá para aceitar uma análise rasa da peça
orçamentária, em que os investimentos sociais são vistos meramente como números
passíveis de tesouradas sem qualquer critério. Não estamos tratando apenas de
números. Estamos tratando de gente", disparou. "Não seja um Robin Hood às avessas,
senhor relator: não tire dos pobres para manter o dos ricos. Tenha a coragem de
ser duro com os mais fortes e suave com os mais fracos", destacou.
"Corte, por exemplo, os R$ 10 bilhões de emendas
parlamentares impositivas a que todos nós congressistas temos direito.
[...]Tenha a coragem de contrariar os mais ricos e defender a volta da CPMF por
um período de dois anos, tributo por meio do qual quem tem mais, paga mais;
encampe a ideia do Imposto sobre Grandes Fortunas; enfim, avance sobre onde o
dinheiro sobra e não sobre onde ele falta", completou.
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