REFLEXÃO
DA SEMANA Nº 37
Por
Dedé Rodrigues
Bom
dia meus amigos e minhas amigas ouvintes do Programa Tabira em Tempo. Nesta
semana que passou as forças de esquerda que defendem a democracia
brasileira conseguiram quatro importantes vitórias contra as forças de direita
e do atraso que insistem em dar uma golpe contra o governo Dilma sem motivos ou
justificativa jurídica, que na essência, tem o objetivo camuflado sob o combate
a corrupção, embora ele não digam, de barrar as mudanças progressistas
que o Brasil conquistou nestes últimos 13 anos. A primeira
vitória foi nas manifestações de ruas, a segunda foi a volta do aliado de
Dilma ao cargo de líder do PMDB; a terceira foi a vitória obtida no
Supremo Tribunal Federal contra o golpe de Cunha na Câmara e a quarta foi a
condenação a prisão, depois de 11 anos, do amigo de Aécio Neves, Eduardo
Azeredo do PSDB. Que lições podemos extrair destas vitórias?
Cada
vitória desta se reveste de muita importância para a democracia brasileira.A
passeata do DOMINGO, dia 13, por exemplo, que queria tirar ilegalmente a
Dilma do poder, foi bem menor do que a outra dia 16, além do mais, de acordo com uma
pesquisa do Datafolha, a maioria dos participantes era branca, rica e
declaradamente de oposição. Perto da metade dos entrevistados (44%) possuía
renda familiar superior a R$ 7.880 mensais - sendo que para 4%, ela era
superior a R$ 39.400. A imensa maioria se definiu como branca (80%). O protesto
reuniu os frustrados com a derrota nas eleições presidenciais do ano passado -
84% declararam ter votado no tucano Aécio Neves; apenas 3% votaram em Dilma. Enquanto a passeata do dia dia
16, última quarta-feira, contra o golpe, foi bem maior em todo o Brasil e tinha
toda a diversidade da sociedade brasileira: pobres, negros, movimentos sociais,
as chamadas minorias etc. O Brasil real estava lá.
A
segunda vitória importante para a democracia brasileira foi a volta do deputado
Picciani (RJ) que reassumiu o controle do PMDB, após ter sido
substituído em 9 de dezembro por Leonardo Quintão (PMDB MG), favorável
ao impeachment.
A
terceira vitória importante foi a votação do Supremo Tribunal Federal, na
última quinta-feira, impetrada pelo PC do B, derrotando os intentos golpistas
de Eduardo Cunha. Agora, meus amigos e amigas ouvintes, O Senado pode arquivar
o processo, não haverá votação secreta para comissão do impeachment, como
queria Cunha e não terá mais chapa alternativa. Ou seja, a
eleição da comissão do impeachment terá de ser refeita, o que praticamente
impede o plano golpista de Eduardo Cunha pelo menos até fevereiro de 2016, se
houver recesso no Congresso Nacional. Por 8 a 2, o STF decidiu por fim que
maioria simples do Senado instaura o processo de impeachment.
Meus amigos e amigas ouvintes, essas
vitórias temporárias da democracia contra o golpe no Brasil nos fazem tirar
algumas conclusões. Primeiro a turma que quer tirar Dilma do poder fariam um
governo muito pior do que o dela. Essas forças que encabeçam este crime
golpista, são herdeiras da casa grande e da senzala. Foram os ancestrais deles
que exterminaram os nossos irmãos índios, que escravizaram os negros e,
recentemente, governaram o Brasil no final dos anos 90 entregando as nossas
riquezas para o imperialismo americano e matando o povo de fome.
A segunda lição importante é que
a luta não acabou e que o resultado positivo dela, estampado nessas quatro
vitórias acima, foi a confirmação de um frase da manchete de um dos últimos editoriais
do Portal Vermelho de que “o impeachment será barrado nas ruas”. Só o
povo nas ruas, como fez na passeata do dia 16, pode salvar o Brasil daqueles
que não gostam da pátria, nem muito menos do seu povo. A preocupação deles, é
única e exclusivamente com o bolso. Que a jovem e brava democracia brasileira,
por intermédio da luta do povo consciente, viva, resista e vença o
golpismo. Muito obrigado!
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