
17 DE JUNHO DE 2016
“Querem rasgar a Constituição de cima a baixo”
Aconteceu na Câmara Municipal de São Paulo, no último dia 9, uma cerimônia onde diversas personalidades e autoridades se colocaram contra o golpe de estado. Entre eles estava a juíza Kenarik Boujikian, que tem sido perseguida pelo Poder Judiciário de São Paulo por tomar decisões democráticas.
Durante sua intervenção, Kenarik afirmou que “ainda que não tenhamos conquistado plenamente os direitos sociais, conseguimos que eles estivessem na Constituição. Agora querem rasgá-la de cima a baixo e romper com o marco civilizatório, sob o peso da intolerância e do ódio”.
A juíza é especialista em Direitos Humanos e ingressou na magistratura em 1988, durante o ano da promulgação da Constituição Federal. Atualmente, Kenarik é desembargadora do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ/SP), e ocupa esse cargo desde 2011.
No ano de 2015, ao perceber que haviam presos que estavam cumprindo pena além do que havia sido estabelecido em suas sentenças, Kenarik ordenou a soltura dos mesmos. Logo em seguida, o TJ/SP abriu um processo administrativo contra a juíza, numa clara medida de perseguição política.
Diante disso, Kenarik afirmou, durante a atividade, que “o Judiciário ainda não está próximo do que sonhamos, mas é preciso entender que ele é um poder em disputa, como todos os outros. É o cidadão que faz a militância e não vou abrir mão disso jamais”.
Fato é que o Judiciário é o principal poder envolvido na conspiração golpista. Por não ser eleito, é de lá que saíram as maiores arbitrariedades que serviram para levar adiante o golpe de estado.
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