segunda-feira, 20 de junho de 2016

TABIRA: A JUSTIÇA BRASILEIRA PRENDE OS MOSQUITOS, MAS OS INSETOS GRANDES ROMPEM A TRAMA DELA E ESCAPAM


REFLEXÃO DA SEMANA Nº 64
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Por Dedé Rodrigues

Bom  dia meus amigos e minhas amigas ouvintes do Programa Tabira em Tempo.  

Primeiro do que tudo “fora Temer”. O ateniense Sólon que viveu há 2.500 anos antes de cristo, disse certa vez que “Leis são como teias de aranha, boas para pegar mosquitos, mas os insetos grandes rompem a sua trama e escapam”.  Desde a democracia grega, período escravista, no qual o escravo,  a mulher e o estrangeiro  não eram considerados cidadãos, não tinham o direito de participar da política,  até o capitalismo, cujo sistema o mercado e o capital são quem mandam, essa máxima de Sólon ainda é uma realidade. Mesmo assim, percebe-se que quanto mais a democracia e a luta do povo avançam, parte dos “insetos grandes” podem ser pegos pela justiça.  No Brasil, mesmo com alguns avanços nos governos Lula e Dilma em relação a Grécia Antiga, a situação descrita por Sólon ainda é uma realidade, os presídios estão cheios de "mosquitos" e  muitos "insetos grandes" envolvidos em crimes de corrupção ou em outras violências ainda estão soltos.


Fernando Rodrigues escreveu em seu Blog recentemente, pegando informações dos repórteres do UOL André Shalders e Guilherme Moraes,  que no  Brasil tem 622.202 presos e houve um  aumento de 167% em 14 anos.
Segundo o jurista Rafael Damasceno, “A sociedade não pode esquecer que 95% do contingente carcerário, ou seja, a sua esmagadora maioria, é oriunda da classe dos excluídos sociais, pobres, desempregados e analfabetos, que, de certa forma, na maioria das vezes, foram “empurrados” ao crime por não terem tido melhores oportunidades sociais”. Estes são os nossos “mosquitos”descritos por Sólon.

Conforme ainda informações de Fernando Rodrigues, “menos de 1% dos presos brasileiros estão atrás das grades por crimes relacionados à corrupção, segundo o estudo do Ministério da Justiça.Isso mostra que há um superdimensionamento dos fatos políticos, dados pela grande mídia, justiça e polícia federal, partidarizadas, em relação a corrupção nos últimos 13 anos de governos populares. A perseguição fica comprovada quando vemos que só o ex: presidente Lula foi capa da Veja 892 vezes, durante 30 anos. Superdimensionaram por anos um escândalo chamado de mensalão para prender petistas, como se fossem “mosquitos grandes”,  para dar a impressão que havia combate a corrupção no Brasil.
Outra prova da seletividade da justiça está na invenção de crimes relacionados a Lula e nos áudios gravados recentemente. Nada se provou contra ele. Inventaram também um crime chamado de pedaladas fiscais para tirar uma presidenta honesta sem crime de responsabilidade.  Até um “inseto grande” foi preso, chamado Delcídeo Amaral, mas por que deu o azar de sair do PSDB e  se filiar ao PT. As provas estão nos áudios  dos insetos grandes, Jucá, Renan, Sarney, gravados recentemente, que cometeram crime tão grande, ou maior do que o de Delcídeo, mas continuam soltos. Romperam a trama da “rede da justiça”,  como disse Sólon. 
E o que dizer do grande inseto Eduardo Cunha que é réu no Supremo,  acusado de muitos crimes e,  ainda está solto?  Embora ele tenha a cassação autorizada pelo conselho de ética da Câmara, já rompeu a “rede da justiça” centenas de vezes! Não seria surpresa a Câmara absorvê-lo depois da farsa de combate a corrupção que assistimos no Brasil até o presente.    

Meus amigos e amigas.  O tempo e história vão comprovando que a violência, os crimes variados, inclusive o da corrupção, foram criados e alimentados pelos sistemas de exploração do homem pelo homem e o capitalismo não foge a essa regra. Com o tempo os trabalhadores, “os mosquitos”, vão tomando consciência de classe e aprendendo que os “insetos grandes” só serão pegos se eles se unirem e lutarem contra a exploração, a violência e a corrupção. Com o tempo e, os áudios gravados no Brasil por Jucá recentemente,  os trabalhadores vão aprendendo que querem acabar agora com a lava jato porque ela está chegando até os insetos grandes, até eles. Com o tempo fica mais claro os objetivos do  golpe contra Dilma: além de  acabar com a lava jato, por tabela querem acabar também com os direitos dos trabalhadores. Com o tempo “os mosquitos” descobrem que juntos podem vencer os “insetos grandes” e levá-los para traz das grades. Quem sabe, com a volta de Dilma poderemos ter um plebiscito para nova eleição para presidente e uma reforma política que acabe com o financiamento empresarial de campanhas para combater de fato a corrupção nesse país? Para fim de conversa e dar um passo adiante nessa luta contra a impunidade vamos gritar fora  Temer! Fora Temer! até derrubá-lo.  A luta continua!


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