Roberto Stuckert Filho/PR:
Em discurso em Aracaju, a presidente eleita Dilma Rousseff
disse que "está em curso um golpe contra os interesses do povo
brasileiro"; ela voltou a destacar que não cometeu nenhum crime, o que já
foi confirmado por parecer técnico do Senado e até pelo Ministério Público;
"Mas isso para eles pouco importa. O que importa é me afastar da
presidência. Para executar um plano e um programa de perdas de direitos do
nosso povo. Que quer impor em menos de dois meses um profundo retrocesso",
discursou; Dilma voltou a mencionar a fraude da Folha ao divulgar sua última
pesquisa; "A imprensa internacional não fica falseando com a verdade,
faltando com a verdade e inclusive até manipulando pesquisas"; e também
fez críticas movimento Escola Sem Partido; "Querem educação sem posições,
sem a crítica e o debate. Isso não é educação, mas sim treinamento";
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25 de Julho de 2016 às 18:19 // Receba o 247 no Telegram
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Sergipe 247 – A presidente eleita Dilma Rousseff participou
nesta segunda-feira 25 em Aracaju do "Ato contra o golpe, em defesa da
democracia", com a presença de líderes de movimentos sociais, como do MST,
João Pedro Stédile. Em sua fala, Dilma disse que "está em curso um golpe
contra os interesses do povo brasileiro". "Não é um golpe com armas e
tanques nas mãos e nas ruas, mas um golpe que vem usando a mentira e a
fraude", descreveu.
A presidente voltou a destacar que não cometeu nenhum crime,
o que já foi confirmado por parecer técnico do Senado entregue à comissão do
impeachment e até pelo Ministério Público Federal. "Mas isso para eles
pouco importa. O que importa é me afastar da presidência. Para executar um
plano e um programa de perdas de direitos do nosso povo. Que quer impor em
menos de dois meses um profundo retrocesso", disse.
"Querem acabar com o Mais Médicos, da forma disfarçada
que usam sempre. No caso do Mais Médicos, é parando de contratar os médicos
cubanos. Querem impedir que o povo brasileiro tenha acesso ao SUS, querem fazer
um plano de saúde diminuto, pequeno, mínimo, como se a saúde dos pobres fosse
diferente da saúde dos ricos. Estão tentando acabar com a universidade pública
e gratuita. Estão querendo acabar com o ensino público gratuito. E acabar com
vários programas que fizemos", exemplificou.
"O Pronatec, por exemplo, está praticamente cancelado,
fechado. Não fazem uma única matrícula. Aonde vai o dinheiro do povo é do
orçamento? Não vai pra quem mais precisa", criticou Dilma. "O que
eles propõem para os trabalhadores: reforma das leis trabalhistas, que quer
impor o negociado sobre a CLT. A tendência deles é de tirar direito dos
trabalhadores, eles acham que a saída é reduzir direitos. Além disso, tem uma
pauta ultraconservadora", prosseguiu.
Dilma também fez críticas movimento Escola Sem Partido:
"Querem educação sem posições, sem a crítica e o debate. Isso não é
educação, mas sim treinamento". "Educação sem partido é na verdade o
coroamento desta visão que transforma o Brasil não numa pátria desenvolvida,
mas num bando, querem nos transformar num bando de carneiros", acusou.
"Tem um lema que é o que podemos aplicar ao governo interino, ilegítimo:
nenhum direito em pé, é isso que eles querem. Nós não queremos nenhum direito a
menos", completou.
Dilma voltou a mencionar a fraude da Folha de S. Paulo ao
divulgar sua última pesquisa, quando noticiou que 50% da população quer a
permanência de Michel Temer na presidência. "A imprensa internacional não
fica falseando com a verdade, faltando com a verdade e inclusive até
manipulando pesquisas", comparou. A presidente ressaltou que não desistirá
de lutar para reverter o processo do impeachment no Senado: "Podem esperar
sentados porque eu não desisto desta luta".
No início de seu discurso, Dilma contou sempre ter sido bem
recebida pelo ex-governador de Sergipe Marcelo Déda, falecido em 2013, e pelo
senador José Eduardo Dutra, além do atual governador, Jackson Barreto. No fim
de sua fala, Dilma disse que em Aracaju, em Sergipe, aprendeu "a respeitar
vendo a força pessoal, a força incrível de Marcelo Déda, que além de ser um
guerreiro, de ter a companheira que teve, a Eliane, ele era um poeta. O poeta é
capaz de cantar a alma do povo. Déda canto a alma do povo sergipano".
"Uma das coisas que considero mais fortes
tanto em Déda quanto em Zé Eduardo era a capacidade de enfrentar desafios. Sei
que vocês saberão honrar a imagem. A luta de dois grandes sergipanos, Déda e
Dutra", finalizou a presidente
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