domingo, 18 de setembro de 2016

LULA DEVE MORRER? E DEPOIS O QUE VAI ACONTECER?


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REFLEXÃO DA SEMANA N. 75

 Por Dedé Rodrigues

 Bom dia meus amigos e minhas amigas ouvintes do Programa Tabira em Tempo. Primeiro do que tudo “fora Temer”. Uma matéria publicada Por Ayrton Centeno, no site Sul-21 esta semana que passou com o título “Lula deve morrer”  faz uma retrospectiva da história de Lula dizendo que ele escapou da morte quando nasceu, pois em 1945 a mortalidade infantil no Brasil era de 146 x 1000. Quase 150 óbitos antes do primeiro ano de vida em cada mil crianças. Isto na média nacional que, hoje, a propósito, é dez vezes menor e, acrescento, paradoxalmente o próprio Lula foi o principal responsável por salvar milhões de crianças da morte com a sua política de inclusão social que tirou em torno de 40 milhões de pessoas da miséria. Mas naquele tempo, para quem vinha aumentar família pobre, da área rural e do Nordeste,  os números eram ainda mais atrozes. Lula venceu a seca comendo tanajura e foi vitorioso contra o câncer na sua laringe. Lula não morreu, mas querem matá-lo de todo jeito, pois ele cometeu o crime de alimentar a barriga do povo pobre e despertar o sonho de milhões de brasileiros por um país e um futuro melhor.  Esse é o seu crime.

E continua dizendo: Lula deve morrer porque morto o querem os donatários das capitanias hereditárias da mídia. Os mesmos que, agora, estertoram em lenta agonia na senda da descartabilidade e da obsolescência. E se aferram ao golpe por razões políticas, partidárias e ideológicas mas, acima de tudo, mirando os cofres do Banco do Brasil e do BNDES como última esperança de sobrevida. Aqueles mesmos que, em 1954, revoluteavam com as “aves de rapina” a que Getúlio aludiu na sua carta-testamento: “A campanha subterrânea dos grupos internacionais aliou-se à dos grupos nacionais revoltados contra o regime de garantia do trabalho. A lei de lucros extraordinários foi detida no Congresso. Contra a Justiça da revisão do salário mínimo se desencadearam os ódios” – como se vê, ódio já era o combustível que ardia para conduzir o líder trabalhista ao holocausto. Aqueles mesmos para quem Jango, dez anos depois, apontaria no discurso da Central do Brasil: “A democracia que eles desejam impingir-nos é a democracia antipovo, do anti-sindicato, da anti-reforma (…) A democracia que eles querem é a democracia para liquidar com a Petrobrás; é a democracia dos monopólios privados, nacionais e internacionais, é a democracia que luta contra os governos populares e que levou Getúlio Vargas ao supremo sacrifício”.

Lula deve morrer porque tal aparenta ser a aspiração de uma PF cujos delegados agem como militantes da direita nas redes sociais, ultrajando seus superiores. A mesma PF que serviu de polícia política prestando relevantes serviços à ditadura de 1964 sem um só gesto de repulsa ou de contrariedade. E que, na democracia, age sem prestar contas à democracia.

Lula deve morrer porque sua morte é o que mais ambicionam as madames botocadas e seus maridos botocudos, a lúmpem burguesia boçal, egoísta e plastificada, clamando pelo golpe nas ruas com seus tênis, óculos escuros e abrigos de grife, seus poodles no colo e seus labradores na coleira. O saudosismo de homens e mulheres brancos, de meia-idade e classe média de um regime assassino que se arrastou por duas décadas de infâmia. A ditadura que seus pais e mães engolidores de hóstias pediram nas Marchas da Família com Deus pela Liberdade empunhando rosários e rezando aves-marias contra “a ameaça vermelha”. Hoje, a fé, o terço e as orações são arcaísmos. Agora, o nome de Roma é Miami, o da igreja é shopping, o da reza é academia, o da hóstia é botox. Ontem como hoje, porém, o medo e o rancor reverberados com a ascensão da ralé é igual. E, de novo, levaram a um governo espúrio.

E concluo acrescentando: querem matar o Lula, mas há muitos problema a frente. Primeiro ele não quer morrer e segue na luta, mesmo aos 70 anos. Segundo, preferem matá-lo fisicamente ou historicamente?  De qualquer forma as consequências da “morte” de Lula são imprevisíveis, matá-lo é um risco muito grande para a elite, pois há milhões de Lulas e lutadores do povo que defendem um ideal de inclusão social.

Lembremos dos  Brizolas,  dos Arraes, dos Jangos, dos Getúlios, dos joãos Amazonas, entre tantos outros que fizeram história e estão nos corações e nas mentes do povo brasileiro. Mesmo com a “morte” dele esse povo continuará fazendo história e será firme no ideal de igualdade, liberdade e fraternidade, que vêm desde a Revolução Francesa. A democracia e a justiça social vencerão essa elite brasileira raivosa, anti-pátria e anti-povo! Viva Lula e a democracia! Fora Temer!


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