REFLEXÃO DA
SEMANA N. 77
Por Dedé
Rodrigues
Bom
dia meus amigos e minha amigas ouvintes do Programa Tabira em Tempo. Primeiro
do que tudo fora Temer! Terminada as eleições de 2016 cabe uma reflexão sobre o resultado dela, bem como as
consequências nefastas para o país e para o povo das medidas do governo
golpista Temer,especialmente a PEC – 241.
Diante do resultado eleitoral desfavorável para a esquerda o que as
lideranças políticas e o povo devem fazer?
Segundo matéria dessa semana que passou no Portal
Vermelho
A exaustiva e prolongada campanha contra o PT e a
esquerda, e a manipulação midiática do necessário combate à corrupção
provocaram, além do raivoso antipetismo, a desesperança e a repulsa à política
atestadas em números recordes de abstenções, votos brancos e nulos em torno de
25% a 35% ou mais em grandes centros urbanos. E na capital de São Paulo
ultrapassam os votos do prefeito eleito do PSDB.
Junto a esse resultado o governo ilegítimo de Michel
Temer encaminhou
para o Congresso Nacional a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) nº 241/16, que
altera o regime fiscal do país para favorecer o rentismo e a especulação
financeira. Elimina a obrigatoriedade constitucional com o emprego de recursos
públicos nas áreas sociais como saúde e educação, mas não toca nos gastos
orçamentários com o pagamento de juros.
Os prejuízos para o povo são imensos. A Constituição estabelece que 18%
da arrecadação federal com impostos devem ser gastos com Educação, mais 25% da
mesma arrecadação de estados e municípios. Em outra área vital para o povo, a
Saúde, a obrigatoriedade constitucional do emprego do dinheiro público corresponde
a um porcentual crescente da receita corrente líquida da União, indo dos atuais
13,2% a 15% em 2020. Em relação à educação, o Plano Nacional de Educação
determina que os investimentos obrigatórios, que hoje são de 7% do PIB, devem
atingir 10% em 2024.
Outro ataque imenso será contra a assistência social. Se a PEC 241 for
aprovada, o prejuízo poderá ultrapassar os alcançar 860 bilhões de reais! A
importância da é ressaltada quando se leva em conta que envolve programas como
o Benefício de Prestação Continuada, Bolsa Família e Sistema Único de
Assistência Social (Suas).
Ao contrário do que pensa o senso comum a dívida pública não resulta de
empréstimos do setor privado para atender a necessidades do governo. Na
verdade, serve aos interesses do sistema financeiro em emprestar ao governo
para abocanhar os extorsivos juros pagos sobre a dívida pública, que
historicamente alcançam entre 47% a 50% do orçamento da União.
Diante do quadro perverso na economia mundial que afetou o país
e a governabilidade alimentando o golpe contra Dilma. Diante da ofensiva da
direita e dos ataques aos direitos dos trabalhadores, só resta as lideranças
partidárias da esquerda fazerem autocrítica para corrigir possíveis erros e
reorganizar a mais ampla resistência, sem
sectarismo, na luta pela manutenção dos
direitos sociais. O povo precisa tomar às ruas desse país contra Temer e, se
não derrubá-lo até 2018, precisa mandá-lo bem pra longe do Governo Central por
intermédio do voto nas próximas eleições presidenciais.
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