domingo, 6 de novembro de 2016

O RECRUDESCIMENTO DO ESTADO DE EXCEÇÃO E A NECESSIDADE DE UMA FRENTE AMPLA PARA ENFRENTAR O RETROCESSO



REFLEXÃO DA SEMANA N. 81

Por Dedé Rodrigues


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Bom dia meus amigos e minhas amigas ouvintes do Programa Tabira em Tempo. Primeiro do que tudo fora Temer! Cresce no Brasil um  Estado de exceção implantado por este governo golpista. Aumenta a criminalização dos movimentos sociais, repressão aos estudantes que ocupam escolas em defesa da educação e a invasão esta semana que passou da Escola Nacional Florestam Fernandes dão conta do endurecimento do regime repressor que tudo faz para calar as vozes discordantes, enquanto desmonta o Estado brasileiro e vai retirando aos poucos todos os direitos do povo trabalhador. Só  nos resta a luta, como fazem os nossos queridos estudantes.


Segundo a jornalista Tereza Cruvinel, no Brasil 247, Já foram muitas as evidências de que estamos transitando para um Estado autoritário, de exceção, com agentes diversos violando garantias e ultrapassando as fronteiras do ordenamento legal democrático. A invasão da Escola Nacional Florestam Fernandes, do MST, foi mais uma exemplo desta escalada. Poucos têm se manifestado. Muitos podem se arrepender.

Já o Editorial do  Portal Vermelho publicou que A escalada da repressão resulta da intolerância crescente no Brasil desde o golpe consumado em 31 de agosto, que depôs a presidenta eleita Dilma Rousseff e alçou a seu lugar o ilegítimo Michel Temer. A ação policial é propagada pela mídia golpista para jogar a população contra os lutadores do movimento social e os estudantes que não aceitam a pretendida “deformação” do ensino que o MEC quer impor.
O governo ilegítimo de Michel Temer, com o apoio da mídia golpista, criminaliza a luta social, que cresce e resiste. Acusa o MST de ser uma “organização criminosa”, e vê da mesma maneira os estudantes que ocupam mais de mil escolas em todo o Brasil.

Diante das sucessivas ações repressivas cresce a insatisfação e a solidariedade aos que são vítimas dos abusos e agressões. A invasão policial às instalações do MST recebeu ampla repulsa de diversas instituições nacionais e internacionais, assim como de personalidades dos mais diversos segmentos. O apoio aos que lutam por seus direitos amplia a rejeição e ilegitimidade do governo Michel Temer que insiste  a dar segmento a um programa contrário aos interesses do Brasil e dos brasileiros.

Os democratas, patriotas e progressistas não podem aceitar violência de nenhuma espécie, sobretudo a ação repressiva do Estado a serviço de um governo golpista e ilegítimo. E já há uma data para um grande repúdio à repressão e defesa da democracia: 11 de novembro, quando ocorrerá a manifestação nacional convocada pela Frente Brasil Popular, Frente Povo Sem Medo, centrais sindicais e movimentos sociais. O fascismo e sua violência precisam ser detidos!

O camarada Aroldo Lima disse recentemente que É bom que os setores que galgaram posições de mando nos últimos tempos no Brasil, desbancando uma presidenta eleita, não se esqueçam do ensinamento maior de nossa história recente: um poder ilegítimo, a ditadura militar, mesmo com um enorme aparato de força bruta e até promovendo grande crescimento econômico, não conseguiu o reconhecimento do povo e terminou sendo desbancado. Imagine esse governo golpista de Michel Temer, acrescento.  

A coisa está feia meus amigos e amigas e não há saída para os brasileiros, em especial para  os trabalhadores,  que gostam dos seus filhos e acreditam no futuro, a não ser a luta.


Valter Sorrentino,  outro experiente lutador do povo,  defendeu esta semana que passou que é preciso construir uma frente para lutar contra o retrocesso. Segundo o mesmo:  a frente  terá que ser  necessariamente ampla – democrática, patriótica, social, progressista, popular. Deve agasalhar toda e qualquer força política e personalidade que sinceramente se oponham ao regime da aliança espúria que derrubou o governo da presidenta Dilma. E será válido todo esforço para dividir o campo inimigo e neutralizar forças que se encontram em sua órbita. Cresce a criminalização e repressão aos movimentos sociais, mas cresce também a luta do povo, a democracia vencerá. E finalizo dizendo: viva a liberdade, a igualdade e a fraternidade. 

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