REFLEXÃO DA SEMANA Nº 85
Por Dedé Rodrigues
Bom dia meus amigos e minhas amigas ouvintes do Programa
Tabira em Tempo. Primeiro do que tudo fora Temer! O projeto de Temer de destruição
da pátria e do futuro dos trabalhadores brasileiros nesta semana que passou seguiu
a todo vapor. A economia vai mal, o desemprego, o óleo diesel e a gasolina
aumentaram, as reformas que destroem a Previdência Social e piora o Ensino Médio
avançaram no Congresso Nacional. É a destruição de 100 anos, em apenas 2, se
Temer terminar o mandato. Por enquanto a maioria do povo brasileiro assiste a
bagaceira com a “boca escancarada cheia de dente esperando a morte chegar”,
como dizia o cantor Raul Seixas. É preciso ampliar as forças que defendem a retomada da democracia e a salvaguarda dos
direitos sociais.
A taxa de desemprego da População Economicamente Ativa
(PEA) cresceu e já atinge 11, 8% e a renda dos trabalhadores e das famílias
diminuiu. A produção industrial
recuou em 11 dos 14 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) na passagem de setembro para outubro deste ano, segundo
dados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física Regional. A maior queda
foi em Minas Gerais (-7,6%). Ela deverá continuar caindo em 2016,
enquanto os investimentos, também, seguem em declínio, com queda de 3,1% no
terceiro trimestre em relação ao anterior. O desempenho da Agropecuária e
Serviços também caíram. Mas a nossa taxa
básica de juros permanece entre as maiores do mundo, freando o consumo e os
investimentos, e elevando a dívida pública, cuja dívida consome quase metade do
Orçamento da União.
A Petrobras decidiu elevar o preço nas refinarias do
diesel, em 9,5%, e da gasolina, em 8,1%. A informação foi divulgada na noite da
segunda-feira, dia (5) em nota
distribuída pela companhia. Segundo a Petrobras, o impacto nas bombas deverá
ser de 5,5% para o diesel, ou mais R$ 0,17 por litro, e de 3,4% para a
gasolina, mais R$ 0,12 por litro impactando no bolso do consumidor.
A Reforma da
Previdência que o governo de Michel Temer encaminhou ao Congresso, meus amigos
e amigas ouvintes, estabelece que todos
os trabalhadores do país – exceto os militares – só poderão se aposentar aos 65
anos e desde que tenham contribuído com o regime por pelo menos 25 anos. Para
receber o valor integral do benefício, contudo, terão que contribuir por 49
anos. As novas regras prejudicam, sobretudo, os mais pobres. Caso sejam
aprovadas, trabalhadores informais, do campo e mulheres serão os mais
penalizados.
A destruição do
nosso futuro segue com a Câmara dos
Deputados aprovando na quarta-feira dia (7) o texto principal da
medida provisória que reformula o ensino médio (MP 746/16). Foram 263 votos
favoráveis, 106 contrários e 3 abstenções. Os destaques, que podem
modificar o texto, serão analisados na próxima terça-feira (13). Já foram
apresentados 11 pedidos de modificação.
Para
a deputada federal Luciana Santos (PE), presidente nacional do PCdoB, o projeto
"rasga tudo que há do Plano Nacional de Educação, que estabeleceu metas e
que foi debatido com as forças vivas que fazem a educação nacional, e se impõe
de maneira burocrática uma medida provisória para poder diminuir e fazer com
que a educação brasileira retroceda décadas".
Uma matéria do Editorial do Portal Vermelho dessa semana
que passou se concluiu que a crise não para de crescer e se aprofundar e ameaça
desbordar as esferas político-institucional e econômica e se transformar num
conflito social aberto, como se tem assistido nos acontecimentos do Rio de
Janeiro, que na
terça-feira dia (6) voltaram a conflagrar aquele estado.
Para enfrentar tal situação desastrosa, vale destacar a proposta
do PCdoB, que segundo essa agremiação quase centenária, as bandeiras que mais
unificam os defensores da nação são: a) Fora, Temer e por diretas para
presidente; b) restauração da democracia; defesa do Estado Democrático de
Direito; contra o Estado de Exceção; c) defesa da soberania do Brasil e do
patrimônio nacional; defesa da Petrobras; contra a dilapidação das empresas
públicas; contra a subserviência do país às grandes potências; d) retomada do
crescimento e da geração de empregos, com valorização da produção e da empresa
nacional; e) defesa dos direitos sociais e trabalhistas, luta contra as
antirreformas neoliberais. Agora é mãos à obra em todos os recantos dessa nação.
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