Por Dedé Rodrigues
Que a corrupção é uma das principais consequências do modo
produção capitalista eu já sabia. Eu só não conhecia essa nova denúncia considerada
“o maior caso de pagamento de suborno da história” da Odebrecht e da Braskem,
segundo a justiça americana, a autoridades, políticos, partidos e empresas no
Brasil, em 11 países da América Latina e
da África nos últimos 15 anos.
Eu não tenho dúvidas de que a corrupção, produto do sistema
capitalista, é muito maior do que as que normalmente, como essa, vem a público. Os valores desse sistema:
competição, guerras, individualismo, consumismo, além de destruírem o meio
ambiente, promovem todo tipo de corrupção, inclusive a corrupção eleitoral da
compra e venda do voto, tão conhecida por nós de dois em dois anos no Brasil.
O jornal a Folha de São Paulo, só citou até agora o PMDB, que,
com base em delação premiada, veio a público o nome de Temer e Eduardo Cunha, denunciado
por Marcio Farias, que foi presidente Odebrecht. Eles teriam
participado de uma reunião com o lobista Augusto Henriques que falou que um
contrato de R $ 3,3 bilhões foi fechado ás vésperas do 2º turno da eleição de
2010. Muita coisa ainda falta esclarecer nesses nomes de partidos e autoridades
envolvidas nesse mega escândalo que estoura agora. Como todos os escândalos que
vem a tona os principais envolvidos sempre são os grandes partidos que
pertencem a elite podre. Esse será diferente? Não acredito.
O Jornal do Comércio, 22\12\2016, p. 2, Política, afirma que mesmo os Estados Unidos e
a Suíça não tenham sido citados pela Odebrecht, “o dinheiro foi movimentado
pelo sistema financeiro dessas duas nações”, o que reforça a minha tese de que
o capitalismo é mesmo o sistema da corrupção e o sistema financeiro mundial,
com 1% das pessoas tendo mais da matade da renda do mundo nas
mãos, é a expressão maior desse modelo predatório, irracional, belicista e
finito de sociedade.
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