Por Dedé Rodrigues
Eu participei representando a Secretaria de Juventude e Meio
Ambiente do Governo Sebastião Dias da Oficina: “Capacitação em Gestão Socio-Ambiental Ambiental
do Bioma Caatinga: Desafios e Perspectiva”, no dia 18 de julho de 2017, na
Escola José Odano de Góes Pires ministrada pelos formandos do curso em Bacharelado de Ciências Biológicas da UFPE, Iuliana Paula e Maciel Barros. Pretendo nessa
matéria levantar algumas questões
trabalhadas no curso, como: a destruição
da fauna e da flora, o desmatamento, a degradação do solo, a necessidade de conhecer o Bioma Caatinga para
preservá-lo e concluir levantando aspectos do problema ambiental no mundo, estabelecendo relação entre o modo de produção
predatório adotado pelo homem e a nossa realidade no Sertão.
A nossa Caatinga, palavra originária da língua Tupi que
significa “mata branca”, ocupa 11% do
território nacional e é um Bioma exclusivamente brasileiro. Com 900 espécies de
plantas temos 323 espécies de plantas e 327 espécies de animais, “chamadas endêmicas”
, isso quer dizer que essas duas espécies citadas da nossa flora e da nossa
fauna só ocorrem na caatinga. Dois
problemas me chamaram atenção, segundo os nossos "palestrantes", a maioria dos nossos animais estão ameaçados de
extinção pelo tráfico e 46% da Caatinga já foi desmatada. O que fazer?
Diante desse quadro de destruição algumas propostas foram
destacadas como solução. Precisamos conhecer o Bioma Caatinga para preservá-lo:
evitar as queimadas que matam as
sementes das plantas, a caça e o tráfico
de animais. Preservar as 221 espécies de abelhas, pois só temos os frutos por
causa da polinização feita por elas e por outros animais. Para evitar as queimadas foi proposto a “rotação
de culturas”com o máximo de duas culturas por área, variando de culturas, pois enquanto
se produz numa, tem outras áreas descansando
ou se recuperando. Outra solução é a construção
de terraços para controle da erosão pluvial.
No mundo temos 227 milhões de pessoas vivendo em regiões como
essa. Já temos 7,3 milhões de hectares de florestas destruídas no planeta. 12
milhões de hectares do solo estão degradados. Já temos 7, 5 bilhões de pessoas no
mundo e caminhamos para as 10 bilhões de pessoas, provavelmente em 2010. Todas
consomem, pouco ou muito, e almejam
consumir mais. Teremos recursos naturais suficientes para todos? A poluição
continua matando e o segundo maior poluidor no mundo, os Estados Unidos,
abandonaram a proteção ao meio ambiente. Problemas como: derretimento das geleiras,
inundações, tsunamis, aquecimento global, desemprego, desigualdade social, só pioram. Aonde vamos parar?
Diante do exposto, fica a lição de que precisamos pesquisar
e trabalhar bem mais para envolvermos mais gente na causa da preservação do
Bioma Caatinga. Mas, como o meio ambiente é um todo interligado, devemos
continuar fazendo a nossa parte, mas sozinhos não daremos conta. O desmatamento
predatório para criação de gado, plantação de soja e monocultura, em larga
escala, sem controle ou sem alternativas
ao lucro irracional não podem continuar.
Por fim é preciso apostar no desenvolvimento sustentável, no
reforço a agricultura familiar, no crédito para os pequenos produtores organizados
em associações e cooperativas. Transformar as suas organizações em instituições educativas. É preciso mudar o
currículo escolar do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, com foco no Bioma Caatinga, para formar um novo ser humano sintonizado com o meio no qual vive. isso só será possível com uma nova filosofia política, na
qual o Estado seja um forte protetor dos indivíduos, dos trabalhadores, dos
mais carentes. Só um novo poder popular no Brasil, uma nova democracia, com um novo projeto de desenvolvimento pode
dar conta dessa imensa tarefa de: salvar o Bioma Caatinga no Brasil e, por fim livrar
o ser humano desse modo de produção ultra neoliberal
voltado exclusivamente para o mercado, para a especulação, para o consumo e para
o lucro que estimulam a ação predatória
do “homem”no Brasil e no mundo. Enquanto não conquistamos, por intermédio das lutas
sociais o macro, façamos o micro, a nossa parte, mas não esqueçamos que somos parte de um todo
também.
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