terça-feira, 18 de julho de 2017

PRECISAMOS DEFENDER A CAATINGA E O MEIO AMBIENTE PARA PRESERVAR A VIDA


Por Dedé Rodrigues

Eu participei representando a Secretaria de Juventude e Meio Ambiente do Governo Sebastião Dias da Oficina:  “Capacitação em Gestão Socio-Ambiental Ambiental do Bioma Caatinga: Desafios e Perspectiva”, no dia 18 de julho de 2017, na Escola José Odano de Góes Pires ministrada pelos formandos do curso em Bacharelado  de Ciências Biológicas  da UFPE,  Iuliana Paula e Maciel Barros. Pretendo nessa matéria levantar algumas  questões trabalhadas no curso,  como: a destruição da fauna e da flora, o desmatamento, a degradação do solo,  a necessidade de conhecer o Bioma Caatinga para preservá-lo e concluir levantando aspectos do problema ambiental no mundo,  estabelecendo relação entre o modo de produção predatório adotado pelo homem e a nossa realidade no Sertão.  


A nossa Caatinga, palavra originária da língua Tupi que significa “mata branca”,  ocupa 11% do território nacional e é um Bioma exclusivamente brasileiro. Com 900 espécies de plantas temos 323 espécies de plantas e 327 espécies de animais, “chamadas endêmicas” , isso quer dizer que essas duas espécies citadas da nossa flora e da nossa fauna só ocorrem na caatinga.  Dois problemas me chamaram atenção, segundo os nossos "palestrantes",  a maioria dos nossos animais estão ameaçados de extinção pelo tráfico e 46% da Caatinga já foi desmatada.  O que fazer?

Diante desse quadro de destruição algumas propostas foram destacadas como solução. Precisamos conhecer o Bioma Caatinga para preservá-lo:  evitar as queimadas que matam as sementes das plantas, a caça  e o tráfico de animais. Preservar as 221 espécies de abelhas, pois só temos os frutos por causa da polinização feita por elas e por outros animais.  Para evitar as queimadas foi proposto a “rotação de culturas”com o máximo de duas culturas por área, variando de culturas, pois enquanto se produz numa,  tem outras áreas descansando ou  se recuperando. Outra solução é a construção de terraços para controle da erosão pluvial. 

No mundo temos 227 milhões de pessoas vivendo em regiões como essa. Já temos 7,3 milhões de hectares de florestas destruídas no planeta. 12 milhões de hectares do solo estão degradados. Já temos 7, 5 bilhões de pessoas no mundo e caminhamos para as 10 bilhões de pessoas, provavelmente em 2010. Todas consomem, pouco ou muito,  e almejam consumir mais. Teremos recursos naturais suficientes para todos? A poluição continua matando e o segundo maior poluidor no mundo, os Estados Unidos, abandonaram a proteção ao meio ambiente. Problemas como: derretimento das geleiras, inundações, tsunamis, aquecimento global, desemprego, desigualdade social,  só pioram. Aonde vamos parar?
  
Diante do exposto, fica a lição de que precisamos pesquisar e trabalhar bem mais para envolvermos mais gente na causa da preservação do Bioma Caatinga. Mas, como o meio ambiente é um todo interligado, devemos continuar fazendo a nossa parte, mas sozinhos não daremos conta. O desmatamento predatório para criação de gado,  plantação de soja e monocultura, em larga escala,  sem controle ou sem alternativas ao lucro irracional não podem continuar.

Por fim é preciso apostar no desenvolvimento sustentável, no reforço a agricultura familiar, no crédito para os pequenos produtores organizados em associações e cooperativas. Transformar as suas organizações  em instituições educativas. É preciso mudar o currículo escolar do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, com foco no Bioma Caatinga, para formar um novo ser humano sintonizado com o meio no qual vive.  isso só será  possível com uma nova filosofia política, na qual o Estado seja um forte protetor dos indivíduos, dos trabalhadores, dos mais carentes. Só um novo poder popular no Brasil, uma nova democracia,  com um novo projeto de desenvolvimento pode dar conta dessa imensa tarefa de: salvar o Bioma Caatinga no Brasil e, por fim livrar o ser humano  desse modo de produção ultra neoliberal voltado exclusivamente para o mercado, para a especulação, para o consumo e para o lucro que estimulam a ação predatória do “homem”no Brasil e no mundo. Enquanto não conquistamos, por intermédio das lutas sociais o macro, façamos o micro, a nossa parte,  mas não esqueçamos que somos parte de um todo também.    




   

     

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