REFLEXÃO DA SEMANA N. 111
Por Dedé Rodrigues
Bom dia meus amigos e minhas
amigas ouvintes do Programa Tabira em Tempo. Primeiramente fora Temer! O
conjunto de derrotas temporárias que o Congresso Nacional, a mídia golpista e o
Governo ilegítimo de Temer tem causado ao povo, com aprovação de reformas ultra neoliberais
provocou em certa medida, a desmobilização dos movimentos sociais e tem alimentado
no povo um certo desencanto com a política e com a luta popular, inclusive percebe-se
um desencanto até em parte das lideranças. Mas como questionou no passado a
grande comunista Rosa Luxemburgo “Há todo um velho mundo ainda por
destruir e todo um novo mundo a construir. Mas nós conseguiremos, jovens
amigos, não é verdade”? Com essa frase ela se refere ao velho mundo capitalista
que o Temer está nos levando, mas, em
contrapartida, pode também alimentar a
ideia de que, mesmo sob um capitalismo hoje diferente da sua época, ela permaneceu
firme nas suas convicções socialistas e, com esse exemplo, ela nos inspira ainda
hoje nessa conjuntura difícil para que tenhamos paciência histórica e
revolucionária. É preciso encontrar respostas para essa situação ou essa conjuntura de
retrocessos no Brasil.
Quando a gente bebe nas fontes históricas das lutas do povo não
é difícil entender que tudo tem limites, inclusive a paciência com as medidas anti-povo
desse governo. Em vários momentos da história, quando tudo parecia perdido, as
massas deram um salto de qualidade na capacidade de luta e transformaram a
realidade na qual viviam. Charles Chaplin já dizia
que “Não devemos ter medo dos
confrontos. Até os planetas se chocam e do caos nascem as estrelas.” É com
essa perspectiva que nós acreditamos que, mais cedo ou mais tarde o povo,
principal vítima do golpe contra Dilma, há de descobrir que somos diferentes
dos outros animais pela capacidade de raciocínio e de organização que nos levam
a entender que a união faz a força e juntos somos invencíveis, podemos barrar Temer,
destruir essas reformas e transformar também o Brasil. “Porque gado a gente marca. Tange, ferra, engorda
e mata. Mas com gente é diferente”, dizia Geraldo Vandré.
Eu acredito, meus amigos e
amigas, que mesmo com essa aparente apatia, as pesquisas de opinião têm
demontrado que não há um divórcio total entre a população e os movimentos
sociais, seja pela reprovação das reformas, seja pela reprovação a esse governo
golpista, que só tem 5% de apoio popular. Mesmo a gente observando a diminuição
do povo nos movimentos de ruas, Guilherme Boulos, do MTST, entrevistado
recentemente pelo Jornalista Paulo Henrique Amorim, disse que o
povo, mesmo desencantado com as medidas do governo, resultando em um refluxo dos movimentos de ruas,
há uma indignação de classe contida nas massas que pode estourar a
qualquer momento.
Não dar para precisar quando as massas se
levantarão contra essa situação, mas os indicadores políticos econômicos
apontam para uma piora geral no Brasil, isso pode provocar grandes
mobilizações. Os jornais dessa semana publicaram que a conta de luz vai ficar
mais cara; mais famílias estão endividadas no Brasil; o déficit primário do
governo aumentou de 139 para para 159
bilhões de reais; houve aumento dos impostos por uma parte e redução dos impostos para os
ricos ruralistas por outra; aumento do gaz de cozinha; aumento da violência e,
por aí vai. Só o povo trabalhador paga a
conta da crise.
Diante de tudo isso torna-se necessário duas
coisas para barrar a reforma da previdência e afastar Temer do poder: a
formação de uma frente ampla, inclusive com os empresários prejudicados, exigindo
diretas já e aumentar os movimentos de ruas. Segundo o último Editorial do
Portal Vermelho: “Não há possibilidade de saídas consistentes para o Brasil sem
crescimento econômico e, especialmente, sem retomada da atividade industrial,
fortemente deprimida pelas políticas contracionistas. O governo Temer, através,
por exemplo, da extinção da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP),
praticada pelo BNDES em seus empréstimos, quer destruir de forma definitiva
qualquer possibilidade de desenvolvimento da indústria nacional. Cada vez mais
setores têm se pronunciado contra tal medida. Aí está uma pauta justa, ampla,
na qual é possível construir uma maioria que derrote o usurpador e o mercado
financeiro.
Frente ampla contra Temer e sua pauta e
encontrar os caminhos para transformar a indignação popular em luta de massas,
eis dois dos desafios que os patriotas e democratas têm pela frente no próximo
período, finaliza a matéria do portal. Por isso camaradas e companheiros, apesar
de tudo, a luta continua!
0 comentários :
Postar um comentário