domingo, 6 de agosto de 2017

CAMARADAS, APESAR DE TUDO, A LUTA CONTINUA!


REFLEXÃO DA SEMANA N. 111

Por Dedé Rodrigues

Bom dia meus amigos e minhas amigas ouvintes do Programa Tabira em Tempo. Primeiramente fora Temer! O conjunto de derrotas temporárias que o Congresso Nacional, a mídia golpista e o Governo ilegítimo de Temer tem causado ao povo, com aprovação de reformas ultra neoliberais provocou em certa medida, a desmobilização dos movimentos sociais e tem alimentado no povo um certo desencanto com a política e com a luta popular, inclusive percebe-se um desencanto até em parte das lideranças. Mas como questionou no passado a grande comunista Rosa Luxemburgo “Há todo um velho mundo ainda por destruir e todo um novo mundo a construir. Mas nós conseguiremos, jovens amigos, não é verdade”? Com essa frase ela se refere ao velho mundo capitalista que o Temer está nos levando, mas,  em contrapartida,  pode também alimentar a ideia de que, mesmo sob um capitalismo hoje diferente da sua época, ela permaneceu firme nas suas convicções socialistas e, com esse exemplo, ela nos inspira ainda hoje nessa conjuntura difícil para que tenhamos paciência histórica e revolucionária. É preciso encontrar respostas para  essa situação ou essa conjuntura de retrocessos no Brasil.
  

Quando a gente bebe nas fontes históricas das lutas do povo não é difícil entender que tudo tem limites, inclusive a paciência com as medidas anti-povo desse governo. Em vários momentos da história, quando tudo parecia perdido, as massas deram um salto de qualidade na capacidade de luta e transformaram a realidade na qual viviam.  Charles Chaplin já dizia que  Não devemos ter medo dos confrontos. Até os planetas se chocam e do caos nascem as estrelas.” É com essa perspectiva que nós acreditamos que, mais cedo ou mais tarde o povo, principal vítima do golpe contra Dilma, há de descobrir que somos diferentes dos outros animais pela capacidade de raciocínio e de organização que nos levam a entender que a união faz a força e juntos somos invencíveis, podemos barrar Temer, destruir essas reformas e transformar também o Brasil. “Porque gado a gente marca. Tangeferra, engorda e mataMas com gente é diferente”, dizia Geraldo Vandré.

Eu acredito, meus amigos e amigas, que mesmo com essa aparente apatia, as pesquisas de opinião têm demontrado que não há um divórcio total entre a população e os movimentos sociais, seja pela reprovação das reformas, seja pela reprovação a esse governo golpista, que só tem 5% de apoio popular. Mesmo a gente observando a diminuição do povo nos movimentos de ruas, Guilherme Boulos, do MTST, entrevistado recentemente pelo Jornalista Paulo Henrique Amorim,  disse que o  povo, mesmo desencantado com as medidas do governo,  resultando em um refluxo dos movimentos  de ruas,  há uma indignação de classe contida nas massas que pode estourar a qualquer momento.     

Não dar para precisar quando as massas se levantarão contra essa situação, mas os indicadores políticos econômicos apontam para uma piora geral no Brasil, isso pode provocar grandes mobilizações. Os jornais dessa semana publicaram que a conta de luz vai ficar mais cara; mais famílias estão endividadas no Brasil; o déficit primário do governo aumentou de 139 para  para 159 bilhões de reais; houve aumento dos impostos  por uma parte e redução dos impostos para os ricos ruralistas por outra; aumento do gaz de cozinha; aumento da violência e, por aí vai.  Só o povo trabalhador paga a conta da crise.     
Diante de tudo isso torna-se necessário duas coisas para barrar a reforma da previdência e afastar Temer do poder: a formação de uma frente ampla, inclusive com os empresários prejudicados, exigindo diretas já e aumentar os movimentos de ruas. Segundo o último Editorial do Portal Vermelho: “Não há possibilidade de saídas consistentes para o Brasil sem crescimento econômico e, especialmente, sem retomada da atividade industrial, fortemente deprimida pelas políticas contracionistas. O governo Temer, através, por exemplo, da extinção da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), praticada pelo BNDES em seus empréstimos, quer destruir de forma definitiva qualquer possibilidade de desenvolvimento da indústria nacional. Cada vez mais setores têm se pronunciado contra tal medida. Aí está uma pauta justa, ampla, na qual é possível construir uma maioria que derrote o usurpador e o mercado financeiro. 

Frente ampla contra Temer e sua pauta e encontrar os caminhos para transformar a indignação popular em luta de massas, eis dois dos desafios que os patriotas e democratas têm pela frente no próximo período, finaliza a matéria do portal. Por isso camaradas e companheiros, apesar de tudo, a luta continua!

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